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Ação coordenada

Instituto Brasileiro de Petróleo lançará Plano Nacional de Desenvolvimento de Fornecedores para indústria de óleo e gás


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O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) deve lançar em breve um estudo que prevê o desenvolvimento de um Plano Nacional de Desenvolvimento de Fornecedores para a indústria brasileira de óleo e gás. O documento tem como objetivo indicar caminhos para tirar proveito dos investimentos em Exploração e Produção (E&P) no setor offshore nos próximos anos.

O faturamento da cadeia nacional de fornecedores do setor de petróleo e gás triplicou em sete anos. De acordo com o diretor do IBP, Antonio Guimarães, em 2005 a demanda exigia investimentos de cerca de US$ 6 bilhões e os fornecimentos locais chegaram a aproximadamente US$ 3 bilhões. No ano passado, os investimentos totalizavam cerca de US$ 30 bilhões e a cadeia de fornecimento local tinha capacidade de suprir aproximadamente US$ 9 bilhões. O desafio é criar fornecedores para atender à demanda de investimentos de US$ 35 bilhões ao ano nos próximos anos.

O trabalho já tem em seu escopo as ideias principais, que já começaram a ser discutidas com representantes do governo e os principais stakeholders. O estudo visa mapear os gaps de fornecimento, buscar foco nos segmentos chaves, implementar políticas que incentivem o investimento no desenvolvimento da cadeia produtiva e por fim o incentivo ao conteúdo local nos projetos.

Segundo Guimarães, a principal recomendação do estudo é o foco no que possa trazer maior valor para o país. “Dentro da indústria do petróleo são tantas as engrenagens que temos que mover para desenvolver fornecedores que o desafio é brutal. Se não focarmos, não vamos conseguir trazer o benefício esperado para o país. O conceito que está sendo desenvolvido tenta criar uma matriz de prioridades. Precisamos buscar aqueles segmentos que poderíamos chamar de vocação do Brasil e que esses setores, além de terem um tamanho e escala diferenciados, tragam uma agregação de valor maior através de conteúdo local”, explicou ele, durante a Rio Oil & Gas, quando participou de uma conferência sobre o desenvolvimento da cadeia de fornecedores.

O resultado final do estudo seria um Plano Nacional de Desenvolvimento de Fornecedores, que contaria com o esforço conjunto das operadoras, junto com o governo e com os fornecedores buscando o desenvolvimento da cadeia. Como maestro do processo, diz Guimarães, o governo, através do desenvolvimento de políticas públicas, poderá fomentar o investimento em novas capacidades com foco em áreas chaves, estimulando o desenvolvimento do conteúdo local com competitividade para exportação. “Temos sempre que levar em consideração esse elemento de competitividade, que é importante para determinar a sustentabilidade no longo prazo e para que venhamos a ter um diferencial real para o país ao final desse processo”, afirma ele.

O papel das operadoras seria o de mapear o suprimento, desenvolver e implementar planos de desenvolvimento de fornecedores nacionais e atrair supridores internacionais para se instalarem no Brasil. Já as atribuições dos fornecedores nesse processo seria o de buscar parcerias e desenvolvimento de tecnologias e inovação, criando novos produtos para a indústria. “Isso faz com que tenhamos um processo onde a gente aumenta a área de sinergia e de interesse de todos, maximizando valor para o país. Estão sendo geradas propostas para que isso aconteça e esperamos poder trazer isso em breve”, conclui.






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