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Acordo para capitalizar Lupatech deve sair até o fim desta semana

Três meses após anunciar um plano para resolver sua situação financeira, a fabricante de equipamentos para o setor de petróleo Lupatech está próxima de concluir o acordo que vai adicionar pelo menos R$ 350 milhões à sua estrutura de capital.

Fontes próximas à negociação afirmam que o acordo entre Petros, BNDESPar, GP Investmentos e San Antonio Brasil deve sair até o fim desta semana.

Uma solução está sendo esperada pelo mercado desde a divulgação do balanço do terceiro trimestre da Lupatech, que mostrou que a empresa tinha um caixa de apenas R$ 31 milhões. O valor das dívidas de curto prazo era bem maior, de R$ 313 milhões. A dívida total no período chegava a R$ 1,2 bilhão, ou dezessete vezes superior a sua geração de caixa anual.

Pelo plano de resgate anunciado em dezembro, a Lupatech fará um aumento de capital, e Petros e BNDESPar - segundo e terceiro maiores acionistas, com fatias de 15% e 11,5%, respectivamente - entrariam em conjunto com um aporte de R$ 300 milhões. Outros R$ 50 milhões em dinheiro seriam garantidos pela GP Investmentos.

Plano para levantar pelo menos R$ 350 milhões é costurado entre Petros, BNDESPar, GP e San Antonio Brasil

O plano englobaria ainda a incorporação da San Antonio Brasil (SABR), que fornece serviços para poços de petróleo e é controlada pela GP Investimentos, por R$ 150 milhões.

A expectativa da empresa era que a operação fosse concluída em até 45 dias. Em fevereiro, no entanto, a direção da companhia postergou a conclusão do acordo para a segunda semana de março.

De lá para cá, a Lupatech não deu mais pistas sobre o andamento das negociações.

Segundo apurou o Valor, o plano deve seu executado como previsto no memorando de entendimentos firmado no fim do ano. Procurada, a Lupatech não quis se pronunciar.

Enquanto o acordo não sai do papel, a empresa corre contra o tempo. Em abril, a Lupatech terá uma nova rodada de pagamento de juros de bônus perpétuos (títulos sem data de vencimento definida) emitidos no exterior.

A estimativa é que a companhia precise desembolsar US$ 6,8 milhões para os detentores desses papéis.

Na sexta-feira da semana passada, a Lupatech anunciou a venda da metalúrgica Microinox por R$ 32 milhões.

Essa operação faz parte da estratégia de venda de ativos não estratégicos, com as quais a empresa pretende captar até R$ 150 milhões. Em dezembro, a empresa já havia vendido a Steelinject, também do ramo de metalurgia, para a Forjas Taurus, por R$ 14 milhões.

No início do ano, a Lupatech emitiu ainda R$ 15 milhões em cédulas de crédito bancário (CCB) para os bancos Itaú BBA e Votorantim, pagando juros equivalentes à variação da taxa DI mais 5,5% ao ano. Para efeito de comparação, a taxa paga por uma empresa de primeira linha em uma captação de curto prazo gira em torno de DI mais 1%.
Fonte: Valor Econômico/ Natalia Viri, Vera Saavedra Durão e Vinícius Pinheiro | De São Paulo e do Rio






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