O governo do estado precisa agora correr contra o tempo para conseguir garantir a infraestrutura necessária para chegada de novos estaleiros a Suape. A obra do acesso rodoferroviário para as ilhas de Tatuoca e Cocaia, apesar de licitada, ainda depende da licença de instalação. O projeto de supressão vegetal, essencial para a emissão da licença, está sendo concluído e deve seguir para aprovação na Assembleia Legislativa até a semana que vem.
"Com a LI na mão esperamos iniciar a obra até o fim de março, devendo durar cerca de 15 meses", disse ontem o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. O acesso rodoviário às ilhas de Cocaia e Tatuoca, que hoje serve apenas ao Estaleiro Atlântico Sul, é provisório. E precisa ser removido para viabilizar a dragagem do canal de acesso ao polo naval, uma obra que pode custar entre R$ 800 e milhões e R$ 900 milhões. O polo ainda tem aproximadamente 410 hectares, dos 620 existentes, para serem utilizados por estaleiros.
Por enquanto, o governo precisarálevantar cerca de R$ 200 milhões para viabilizar parte desse acesso, liberando o acesso ao mar pelo menos para o estaleiro do consórcio Schahin-Tomé anunciado ontem. "Estamos pleiteando recursos do PAC 2 (segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento) para viabilizar todas essas obras. Se tivermos o dinheiro faremos em 12 meses", completou o secretário, que quer começar os trabalhos em julho.
Nem a dragagem do canal de acesso ao EAS, obra financiada pela Secretaria Especial de Portos do governo federal (R$ 91 milhões), foi concluída ainda. O aprofundamento do canal dos atuais sete para onze metros é necessária para que o Suezmax que está sendo construído saia do dique seco e flutue até o cais de acabamento, o que deve acontecer até o fim de março. A embarcação terá que ser entregue em junho. O EAS, que representa um investimento de R$ 1,6 bilhão, está construindo 22 navios para a Transpetro mais o casco da plataforma P-55.(Fonte: Diário de Pernambuco)
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