“Essa será a maior fábrica de linhas flexíveis do mundo. A partir de 2015, o mercado deve crescer significativamente e precisamos de mais capacidade”, salienta o presidente da Wellstream, Luiz Araújo. O investimento na ampliação é estimado em US$100 milhões.
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Inaugurada em 2007 no país, a fábrica já havia dobrado sua capacidade em 2009. Com atuais 35 metros quadrados, a base terá 110 metros quadrados quando ampliada. As obras civis da unidade devem ser em novembro. Segundo Araújo, a planta contará com o maior guindaste do país e um cais será construído no local. “O projeto básico está pronto, estamos estruturando o projeto de detalhamento da fábrica, que deve estar concluída no final de 2013”, estima o executivo. O contrato com a Petrobras prevê ainda a guarda, manuseio e manutenção das linhas por cinco anos, prorrogáveis por outros cinco.
Investimentos. Desde a sua criação, em 1994, a GE Oil & Gas já investiu mais de US$ 50 bilhões em atualização da planta e contratação de funcionários. Até hoje, a companhia vem investindo na compra de empresas de serviços. Entre suas aquisições estão a Vetco Gray, em 2007, a Hydril em 2008 e a Wellstream no início deste ano. “É um apanhado bastante grande de empresas e um portfólio muito amplo. A GE Óleo & Gas é a única empresa que tem um portfólio tão diverso que atende do fundo do poço até a distribuição”, comemora o vice-presidente da GE Oil & Gas para América Latina, Fernando Martins.
O faturamento da companhia estimado para esse ano a nível mundial é de US$ 14 bilhões. Em 1994, no ano de criação da empresa, o valor foi de US$ 1,3 bilhão. Para os próximos anos, a companhia pretende dispor de uma série de equipamentos para monitoração remota e eletrônica, já que, segundo Martins, a Petrobras tende a desabitar suas plataformas cada vez mais. “Os riscos são maiores, é complicado fazer o transporte, existe uma série de problemas de logística. Então o objetivo é sempre tentar ter um efetivo menor nas plataformas, para isso você vai ter que automatizar bastante essas plataformas”, explica.
A companhia, acrescenta o executivo, já tem um projeto deste tipo em menor escala na Noruega e a ideia é trazê-lo para o Brasil. “Esse projeto envolve geração de energia, bombeamento, é como se fosse uma planta de pré-separação de óleo”. A GE Oil & Gas opera em 115 países e tem atualmente cerca de 33 mil funcionários.
Ser líder em tecnologia é um dos objetivos da GE Oil & Gas para os próximos anos. Por isso, a empresa pretende investir US$ 500 milhões em pesquisa e desenvolvimento. Atualmente, a GE conta com quatro centros de pesquisa global, e o quinto está sendo construído no Rio de Janeiro. Segundo Martins, serão 50 mil metros quadrados de área e 70% a 75% da instalação serão dedicados à área de óleo e gás.
“Queremos colocar o centro para funcionar no primeiro trimestre de 2013, então temos que ter pessoas com treinamento mínimo. Já temos pessoal em escritórios alugados no Fundão e quando o centro ficar pronto, vamos transferi-los”, declara.