O diretor de Comunicações Externas da petroleira americana Anadarko, John Christiansen, afirmou que a companhia não pretende vender seus ativos no Brasil. Ele acrescentou ainda que a empresa está avaliando novas oportunidades de negócios no país, no entanto não forneceu mais detalhes da estratégia.
Na última semana, o Valor publicou reportagem em que um gerente da área internacional da companhia havia dito que uma equipe da petroleira viria ao Brasil para estudar os processos de venda de participações ("farm out", no jargão do setor petróleo) em seus blocos petrolíferos no país. Christiansen, porém, esclareceu que a equipe que virá ao Brasil nas próximas semanas tem justamente a intenção de olhar outras oportunidades no país.
"A empresa está avaliando novas oportunidades no Brasil, como acontece em outros países. E este é o interesse dessa equipe que vai viajar para o Brasil, onde eles vão olhar o potencial de outras oportunidades", disse o executivo ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Christiansen afirmou ainda que a Anadarko também está avaliando opções comerciais para o desenvolvimento de sua descoberta no campo de Wahoo, na camada pré-sal do no bloco BM-C-30, na Bacia de Campos. A empresa é a operadora do bloco, com 30% de participação, em sociedade com a britânica BP (25%), IBV Brasil Petróleo (25%) e a dinamarquesa Maersk (20%).
A Anadarko possui outros dois blocos no Brasil, também localizados na Bacia de Campos e com descobertas já identificadas. As áreas são BM-C-29 e BM-C-32. No primeiro bloco, a companhia é operadora, com 50% de participação, em parceria com a colombiana Ecopetrol (50%).
No BM-C-32, onde já foi anunciada descoberta na camada pré-sal, na área de Itaipu, a Anadarko detém 33% de participação. A operadora da área é a BP, com 40%. Os 27% restantes pertencem à Maersk.
Em 2011 e 2012, a Anadarko realizou uma rodada de negociações de suas áreas no Brasil. A companhia, no entanto, desistiu do processo por não ter recebido ofertas interessantes para seus ativos.
Ainda na América do Sul, a Anadarko também tem interesse no setor petrolífero da Colômbia. A companhia é operadora de seis blocos naquele país, onde realiza estudos sísmicos para definir seu programa de perfuração de poços. Segundo Christiansen, a empresa está em estágio diferente nos dois países, mas ambos são atrativos para a companhia.
Fonte:Valor Econômico\Rodrigo Polito | Do Rio
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