O Laboratório de Adsorção e Troca Iônica (Lati) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná, foi credenciado pelo governo federal para explorar, desenvolver e produzir petróleo e gás natural. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem, terça-feira (11), em nome da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Com o credenciamento, a universidade poderá participar de licitações para receber mais matérias-primas do pré-sal brasileiro e, também, para ter novas tecnologias do governo — o que a torna referência no país. Atualmente, a UEM já é destino de parte do gás natural da camada da bacia sedimentar brasileira.
"O credenciamento abre muitas portas. Agora, estamos aptos a participar de licitações via ANP. Por meio delas, teremos mais desenvolvimento, mais tecnologia. Nossos projetos poderão ser aprovados, o que causa bastante impacto nas pesquisas", explica o coordenador do laboratório, Pedro Augusto Arroyo.
O professor ressalta que, no caso da UEM, apesar da liberação para petróleo, as pesquisas são voltadas apenas para o gás natural. O laboratório já tem parceria com a Petrobras, de quem recebe investimento de cerca de R$ 3 milhões ao ano, segundo a própria universidade.
"O foco do laboratório é em adsorção. Nosso objetivo é purificar o gás natural que sai do pré-sal com tecnologia 'limpa'. A ideia é produzir mais, com menor custo. Temos dois pesquisadores contratados pelo governo para pesquisas sobre isso. É engraçado imaginar que a referência desse tipo de tecnologia fica no norte do Paraná, né", brinca o professor da UEM.
Segundo Arroyo, o laboratório prepara, atualmente, um projeto para participar de uma das licitações da ANP. "Os avanços para as pesquisas no Brasil serão enormes. Nós, aqui em Maringá, vamos impactar muitas vidas no país, principalmente por meio das indústrias".
Fonte: Do G1 PR, em Maringá
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