Após a entrega da unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) Cidade de Campos dos Goytacazes MV29 para a Modec, o Brasfels trabalha na integração e comissionamento do FPSO P-69, cuja entrega está prevista para 2018. O estaleiro, em Angra dos Reis (RJ), fará serviços na plataforma semissubmersível de perfuração Alpha Star, da Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG), que chegou ao estaleiro para atracação em setembro.
A Keppel Offshore & Marine (Keppel O&M) não informou em quanto deve ser reduzido o número de trabalhadores no estaleiro após a entrega do MV29. Atualmente, o Brasfels tem cerca de 3.000 funcionários. "Devido às desafiadoras condições de mercado nos últimos dois anos, bem como alterações em nossas demandas operacionais, tivemos que redimensionar nossa força de trabalho", declarou o estaleiro.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis teme que o estaleiro inicie 2018 com menos de 400 trabalhadores, após a conclusão dos atuais projetos de grande porte. Hoje, o sindicato contabiliza 2.800 trabalhadores na unidade. No pico de encomendas do setor, há alguns anos, o estaleiro chegou a ter 12 mil trabalhadores. Para tentar minimizar o impacto da falta de novos projetos no setor, o sindicato defende a retomada das obras de quatro sondas (DRUs) que foram paralisadas por conta da Sete Brasil, que deixou de repassar os recursos aos estaleiros e entrou em recuperação judicial.
Após a realização da 14ª rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Keppel O&M projeta que os novos investimentos em exploração e produção levarão ao aumento da demanda por sondas de perfuração e unidades de produção. Devido ao histórico de entrega de projetos, a empresa se considera pronta para atender às demandas da indústria brasileira de petróleo e gás.
Procurada pela Portos e Navios, a empresa destacou que, ao longo dos anos, realizou vários projetos importantes para o país por meio de seus estaleiros no Brasil e em Singapura. O portfólio desde 2000 inclui três FPUs (P-52, P-51 e P-56), nove FPSOs e mais de 50 projetos de reparação de sondas de perfuração e embarcações. "Com base em seu sólido histórico em construção, integração, comissionamento, atualização e reparo, o Brasfels continua ativamente buscando uma variedade de projetos no setor offshore e naval", informou a empresa.
Em fevereiro de 2017, o primeiro projeto de replicantes (FPSO P-66) partiu do estaleiro para auxiliar as operações da Petrobras no campo de Lula Sul, na Bacia de Santos. Ao longo do ano, o Brasfels também completou os trabalhos de reparo no navio de intervenção para poços Siem Helix I, o navio-sonda Ocean Rig Mykonos e a uma plataforma semissubmersível de perfuração Olinda Star.
Por Danilo Oliveira
(Da Redação)
PUBLICIDADE