RIO DE JANEIRO - O Governo pretende licitar as primeiras áreas do pré-sal sob o novo marco regulatório, que prevê regime de partilha, já na primeira metade do ano que vem. O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Almeida, disse ontem que o poço de Libra, situado no pré-sal da bacia de Santos, deverá ser o primeiro a ser licitado. Segundo ele, estimativas apontam que a área tem potencial de até 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural.
A realização do primeiro leilão de áreas sob o modelo de partilha depende da aprovação do projeto de lei que muda as regras de exploração do setor, que ainda está sendo analisado no Congresso. Além de Libra, uma outra área deve ser incluída no certame. “Assim que isso acontecer, acredito que seja possível fazermos um leilão com áreas do pré-sal no primeiro semestre. Provavelmente, terá (o poço) Libra, que seria a primeira área a ser licitada”, afirmou, após participar da abertura da Rio Oil & Gas, principal feira do setor na América Latina.
O poço de Libra segue sendo perfurado pela Petrobras, a pedido da ANP. Inicialmente, a intenção era que a área entrasse no processo de capitalização da Petrobras, mas outras áreas foram utilizadas. Se for confirmado esse potencial de Libra, o poço pode ser o maior já perfurado no pré-sal. O prospecto de Tupi tem reservas estimadas de cinco bilhões a oito bilhões de barris de petróleo e gás.
O Governo poderá segurar o ritmo de colocação de outras áreas na camada pré-sal, disse ainda Almeida. Ele explicou que a indústria nacional terá que ter capacidade para atender à forte demanda prevista.
Fonte: Folha de Pernambuco
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