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Assembleia do Eisa com credores é adiada e ainda não tem nova data

O presidente do Estaleiro Ilha S/A (Eisa-RJ), Diego Salgado, confirmou que o juiz da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro acatou pedido da KPMG para suspender a assembleia de recuperação judicial do Eisa, que estava marcada para próxima quarta-feira (14). Salgado contou que a KPMG, que é a administradora jurídica do processo, vem se reunindo com representantes do estaleiro e dos armadores na tentativa de definir o prazo adequado para realização da assembleia. A nova data ainda não foi definida.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal) considerou o adiamento um 'golpe contra os direitos dos trabalhadores'. "A decisão da KPMG é mais um capítulo desta novela do Eisa. Enquanto isso cerca de três mil metalúrgicos continuam sem receber seus direitos, muitos passando por severas dificuldades", afirma o sindicato em comunicado. O encontro já havia sido adiado de 15 de março para 14 de junho.

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O sindicato convocou os trabalhadores para um ato no dia 14 de junho na porta do estaleiro. "É preciso uma decisão concreta e já. Sindicato e trabalhadores querem a retomada dos estaleiros, o pagamento de todos os direitos e a volta dos empregos. Já estamos cansados de tanto adiamento, não dá mais para aguentar", defende o Sindimetal, que participou de um ato com ex-trabalhadores do Eisa na porta do estaleiro no último dia 15 de maio (foto).

O passivo trabalhista é um dos desafios para retomada desses projetos do estaleiro. O Sindimetal está com dois processos em favor dos trabalhadores demitidos do Eisa. Um deles pede o bloqueio de bens (arresto) das empresas envolvidas (Eisa Ilha, Petro Um, Synergy, Avianca) e do empresário German Efromovich.

Apesar do novo adiamento, o Eisa mantém a projeção otimista de retomar nos próximos meses as atividades de construção, paralisadas desde o final de 2015. A expectativa da empresa é que o cenário da indústria naval dê sinais de melhora e que seja possível firmar acordos para prosseguir com os projetos que estão no pátio a partir do segundo semestre de 2017.

Procurada pela Portos e Navios, a KPMG informou somente que, no processo de recuperação judicial da Eisa, mantém contato constante com credores, juiz, recuperanda e clientes com o objetivo de que a recuperação judicial atinja os seus objetivos. "A atuação da KPMG se dá nos exatos limites impostos pela legislação que rege a recuperação judicial", afirmou em nota.



Por Danilo Oliveira
(Da Redação)






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