Os campos de petróleo hoje em produção no Brasil devem produzir, daqui a dez anos, 1,5 milhão de barris diários a menos. Esse é o patamar de declínio da produção nacional estimado pela Chevron. “Temos que encontrar os caminhos para investir nesses campos maduros”, disse o presidente da petroleira no Brasil, Javier La Rosa, nesta quarta-feira, durante apresentação na Offshore Technology Conference (OTC), no Rio.
O executivo citou a importância da redução dos royalties para novos investimentos em campos maduros e previsibilidade regulatória para atrair recursos.
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Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção nacional de petróleo totalizava, em agosto, 2,5 milhões de barris/dia.
A Chevron opera, no Brasil, o campo de Frade, na Bacia de Campos, e produz cerca de 12 mil barris diários de petróleo no país.
Total
Participantes do mesmo evento, o diretor-geral da Total E&P Brasil, Maxime Rabilloud, afirmou que a petroleira terá investido no Brasil, entre 2013 e 2018, R$ 24 bilhões. Segundo ele, os investimentos são destinados a atividades de exploração e produção de óleo e gás, principalmente em águas profundas. O executivo não disse, porém, quanto desse valor já foi gasto.
Rabilloud destacou que, no Brasil, a empresa francesa detém participações em 15 blocos exploratórios, dos quais é operadora em oito. O principal ativo da companhia no país é a participação de 20% no campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, onde a Petrobras é operadora, com 40%. Os demais sócios são Shell (20%) e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC (10%).
Ele acrescentou que a companhia mantém o foco em exploração e produção de óleo e gás em águas profundas.
Fonte: Valor