A Repsole a Sinopecconcluíram a operação de entrada da companhia chinesa no capital da Repsol Brasil. O acordo finalizado ontem foi anunciado em outubro e significou a subscrição, pela Sinopec, de uma ampliação de capital da subsidiária brasileira no valor de US$ 7,111 bilhões.
Com a operação, fechada depois de a Sinopec obter as aprovações necessárias do governo chinês, a companhia passou a deter 40% da Repsol Brasil, enquanto a empresa espanhola ficou com os 60% restantes. A entrada dos chineses na petroleira significa valorar a Repsol Brasil em US$ 17,777 bilhões.
"Os fundos aportados na operação permitirão à Repsol Brasil o desenvolvimento total de sua carteira de ativos, entre os quais figuram algumas das mais importantes descobertas realizadas no mundo nos últimos anos. O 'offshore' brasileiro é uma das áreas de maior crescimento em reservas de hidrocarbonetos do mundo", diz a nota divulgada pela Repsol Brasil.
O conselho de administração da subsidiária brasileira será presidido por Nemesio Fernández-Cuesta, diretor-geral de 'upstream' da Repsol YPF, enquanto o presidente da companhia continuará sendo Graciano Rodríguez Mateos, informou a empresa.
Segundo a Repsol YPF, o acordo selado mostra o grande interesse internacional pela atividade de exploração e produção no pré-sal da bacia de Santos, liderada pela Petrobrase "onde a Repsol Brasil ocupa um lugar relevante pela qualidade de seus ativos na área".
A nota divulgada pela empresa espanhola informa ainda que Repsol e Sinopec "continuarão com seus planos de expansão no Brasil e participarão, conjunta ou separadamente, em futuras rodadas de licitação no país".
Ontem, os contratos futuros de petróleo encerraram em alta e se aproximaram do maior patamar em dois anos. O inverno rigoroso nos EUA e na Europa alimentou a demanda pela commodity. Indicadores mais fracos da economia americana não foram suficientes para inverter a tendência de alta nos preços. Os contratos de segunda posição do WTI fecharam a US$ 92,23 o barril, com alta de 0,53%. Já o Brent (segunda posição) apresentou aumento de 0,52%, negociado a US$ 94,19 o barril.
Os EUA ainda sofrem os efeitos da forte nevasca que atingiu o Nordeste do país no fim de semana. Os principais aeroportos atingidos pelo clima frio reabriram, mas cerca de 7 mil voos foram prejudicados. O frio intenso, evidentemente, eleva a demanda por combustível para aquecimento.
Fonte: Valor Econômico/Rafael Rosas | Do Rio
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