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Com escassez de mão de obra, empresa coreana aposta em ‘cobots’ na indústria naval

Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME) utiliza tecnologia de ‘robôs colaborativos’ para trabalhos de soldagem durante operações


 

Nos últimos anos, a indústria de construção naval sul-coreana tem sofrido com uma contínua escassez de trabalhadores e profissionais qualificados. Para minimizar os efeitos, a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME) iniciou a implantação de um tipo de sistema de soldagem automatizado baseado na tecnologia ‘cobot’ (robô colaborativo).

Os cobots são projetados para trabalhar ao lado dos humanos. O conceito tem sido desenvolvido nos últimos 20 anos e eles compartilham os mesmos espaços que seus colegas humanos e podem trabalhar em colaboração em uma tarefa. Diferente, por exemplo, dos robôs usados ​​na fabricação de automóveis que trabalham de forma independente.

Usando esta nova tecnologia, a DMSE diz que pretende melhorar a produtividade e também resolver a escassez de mão de obra. A companhia também tem como objetivo diminuir o cansaço do trabalhador, exigindo menos levantamento e reposicionamento do equipamento na área de trabalho.

A companhia começou a usar cobots para trabalhos de soldagem durante as operações de construção naval, principalmente no controle de tubulações de navios. Segundo a empresa, antes de implantá-los, os trabalhadores eram obrigados a posicionar os próprios equipamentos de soldagem e montagem, que muitas vezes pesavam mais de 27 quilos.

Outro ponto positivo, de acordo com a empresa, está na segurança. Para utilizar os robôs industriais é necessário a instalação de cercas de segurança que separam os humanos dos robôs, evitando possíveis acidentes. Mas, com um cobot não é necessário. Eles são projetados para trabalhar com humanos sem medo de colisão. De acordo com o estaleiro, eles receberam uma certificação de segurança para o local de trabalho instalado com robôs colaborativos da Korea Robot User Association.

Em 2022, o governo sul-coreano prometeu apoio adicional, incluindo o patrocínio de treinamento vocacional e programas de aprendizagem, além de incentivar estaleiros a empregarem novas tecnologias. O governo prometeu também expandir os programas de intercâmbio de trabalhadores, liberando mais vistos para mão de obra qualificada, como os soldadores.

Além de fornecer mais vistos, o governo tem buscando dobrar o tempo de permanência no país para trabalhadores qualificados fluentes em coreano. Atualmente, é limitado a menos de cinco anos, com os trabalhadores obrigados a deixar a Coreia do Sul e solicitar novamente o visto.

No último mês, a Samsung Heavy Industries, importante construtora naval do país, levou um total de 41 soldadores indonésios, o maior lote único de trabalhadores estrangeiros que foram para a Coreia do Sul desde que os programas de vistos foram expandidos. Segundo a Samsung, atualmente ela possui mais 780 trabalhadores estrangeiros e sua meta é chegar a 1.200 pessoas em 2023.

*Com informações da Reuters

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