Principal campo do pré-sal brasileiro, Libra iniciou a produção no fim de 2017 e já começa a receber seus primeiros projetos de Pesquisa & Desenvolvimento. Em parceria com a Coppe/UFRJ e a Prooceano, a Shell investirá até US$ 10 milhões no projeto “Desenvolvimentos e Inovações no Sistema de Observação Oceânica da Bacia de Santos com Foco no Campo de Libra – Projeto Azul Fase II”. O objetivo é aumentar a resolução dos modelos oceânicos, possibilitando projetos e diretrizes operacionais menos conservadores nas várias etapas de desenvolvimento de um campo de petróleo - perfuração, produção, offloading e abandono.
"Os dados e os resultados deste projeto têm potencial para apoiar as operações no cluster do pré-sal, desde a fase de exploração até a fase de desenvolvimento da produção, aumentando a disponibilidade operacional de equipamentos e instalações, melhorando a eficiência e segurança das operações marítimas, e apoiando ações de preparação e resposta em situações de emergência", destaca José Ferrari, Gerente de Tecnologia da Shell.
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Com investimento previsto para os próximos quatro anos, o projeto vai utilizar veículos autônomos de superfície e submarinos para coleta de dados, que serão comparados com os métodos mais tradicionais de medição. Será instalada também, no Campo de Libra, uma linha de fundeio instrumentada de monitoramento, permitindo obter séries temporais completas em pontos fixos, que complementarão os dados coletados com os veículos autônomos.
"O Projeto Azul Fase II trará inovações com novos instrumentos sendo usados pela primeira vez no Brasil, como um Drone Oceânico de Superfície para medição de ondas, e utilizará sistemas avançados de assimilação de dados em tempo real", explica Mauricio Fragoso, Diretor Geral da Prooceano.
Todos os dados coletados estarão disponíveis para uso não comercial, beneficiando os pesquisadores e instituições interessadas em fazer mais pesquisas nesta área.
"O novo conjunto de dados oceanográficos e as novas ferramentas de modelagem numérica do Sistema de Observação Oceânica da Bacia de Santos serão comparáveis com os sistemas mais avançados do mundo, e colocarão o Brasil na vanguarda da oceanografia física", afirma o Prof. Luiz Landau, Coordenador do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe / UFRJ.
O “Projeto Azul – Fase II”, é uma continuidade da primeira fase, que visava desenvolver um sistema de observação oceânica (SOO) para a região da Bacia de Santos baseado na aplicação de técnicas de modelagem computacional oceânica e aquisição de dados oceanográficos em tempo real, e será financiado com recursos da cláusula de Pesquisa & Desenvolvimento dos contratos de concessão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).