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Navalshore

Construção do casco para a Petrobras começa até fevereiro

O primeiro dos oito cascos de navios FPSOs (Floating, Production, Storage and Offloading), com capacidade para processar e armazenar petróleo, que serão construídos no dique seco do município de Rio Grande, encomendados pela Petrobras, começará até fevereiro do próximo ano. Segundo o gerente de implementação de empreendimentos de plataformas para o Pré-Sal da Petrobras, Márcio Ferreira Alencar, o casco inicial deverá ser concluído em meados de 2013 e, com a instalação de dois cascos por ano, o último deverá ser finalizado em 2016.

Alencar informa que cada FPSO terá capacidade para produzir até 150 mil barris de petróleo por dia. Somente os oito cascos custarão em torno de US$ 3,5 bilhões e os navios, integrados e completos, absorverão aproximadamente US$ 10 bilhões. O casco, explica Alencar, é só uma parte da estrutura e ainda resta a integração dos módulos que vão sobre ele. As integrações dos módulos aos cascos serão feitas em locais ainda a serem definidos. Não está descartada a possibilidade dessas ações ocorrerem em Rio Grande também.

Hoje, ao meio-dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da inauguração do dique seco. Às 15h30min, deverá presenciar, em Pelotas, a inauguração de instalações do Campus Porto da Universidade Federal de Pelotas.

Apesar de o dique seco ser inaugurado agora, ele já está sendo utilizado para parte da montagem da plataforma P-55. O deckbox da estrutura, cuja realização está em andamento no local, receberá os módulos e equipamentos que compõem a unidade. A união (mating) do casco inferior, que está sendo construído em Pernambuco, com a integração final da P-55 serão executadas em Rio Grande. A plataforma absorverá cerca de US$ 876 milhões, com capacidade para trabalhar com 180 mil barris de petróleo por dia e 4 milhões de metros cúbicos de gás natural diários.

O gerente setorial de construção e montagem do deckbox da P-55, José Luís Rodrigues da Cunha, destaca que o dique seco é o segundo maior complexo desse tipo no mundo, superado apenas por um chinês que tem cinco metros a mais de largura. A estrutura gaúcha possui 350 metros de comprimento, 130 metros de largura e 17,1 metros de altura, além de ser equipada com um pórtico capaz de erguer até 600 toneladas. Um dique dessas dimensões permite a construção simultânea de dois navios petroleiros ou duas plataformas. No dique também poderão ser docadas plataformas ou navios para realização de reformas, conversões ou reparos.

O investimento no dique seco foi de cerca de R$ 800 milhões. A Petrobras foi responsável por 79% desses recursos e 21% foram provenientes do grupo WTorre, que vendeu sua participação neste ano para a Engevix e a Funcef (fundo dos funcionários da Caixa Econômica Federal). Quanto à parte da Petrobras, Cunha prefere utilizar, ao invés de investimento, o termo valor de antecipação de receita, pois a estatal, através do seu aporte, assegurou por dez anos o direito de uso do dique.

Ele argumenta que, para o futuro, o desafio da região será desenvolver mão de obra especializada. Calcula-se que os cascos construídos no dique implicarão cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos. O reitor da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), João Carlos Cousin, afirma que a universidade está desenvolvendo várias ações para aproveitar as oportunidades geradas pelo polo naval. Ele ressalta que ontem foi inaugurado um laboratório de tensões de cabo, único na América do Sul. Hoje, a universidade conta com 13 cursos de engenharia.

Já o reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Antonio César Gonçalves Borges, enfatiza que a Metade Sul, antes considerada empobrecida, revela-se agora como o motor do desenvolvimento regional. Ele defende a integração das universidades do entorno com a Furg, para formar mão de obra para a cadeia do petróleo.

Fonte: Jornal do Commercio (RS)/Jefferson Klein


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