A Petrobras ainda avalia a extensão do dano aos dois módulos de plataforma de petróleo, construídos em Itajaí, que estavam a caminho de um estaleiro no Espírito Santo quando naufragaram, no último sábado, a 100 quilômetros da costa de São Francisco do Sul.
Os módulos são para geração de energia e foram construídos em um estaleiro no terminal Teporti, numa das últimas encomendas feitas pela Petrobras durante o boom do pré-sal e da indústria naval. No Espírito Santo, seriam acoplados ao navio-plataforma FPSO P-71, que teve o casco construído na China depois que a empresa contratada inicialmente, no Rio Grande do Sul, foi citada pela Operação Lava Jato e teve o contrato cancelado.
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A junção entre os módulos e o casco deveria ocorrer no primeiro semestre do ano que vem, no estaleiro Jurong, que fica na cidade de Aracruz (ES). A plataforma deve operar no campo de Sururu, na Bacia de Santos.
A Petrobras ainda não tem informações oficiais sobre a situação dos módulos, e se será possível recuperá-los. O que se sabe, até agora, é que eles estão parcialmente submersos, o que demanda uma operação de aviso aos navegantes, para que evitem se aproximar da área de naufrágio.
Os módulos estavam a bordo da barcaça Locar V, conduzida pelo rebocador TS Favorito. O incidente ocorreu na noite de sábado e havia oito tripulantes a bordo, mas ninguém se feriu. Como os módulos não estavam em operação, segundo a Marinha e a Petrobras não há risco de derramamento de óleo.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, que faz o acompanhamento ambiental da orla, não observou nenhuma mudança em relação à mortandade de animais desde o fim de semana – o que indica que não houve impacto.
A Marinha do Brasil instaurou inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades em relação ao naufrágio.
A barcaça deixou o terminal portuário em Itajaí por volta das 17h, na última sexta-feira, sem auxílio da Praiticagem.
Fonte: NSC Total