Enquanto a OSX deve entrar com seu pedido de recuperação judicial, a Lupatech, que também atua na produção de equipamentos para a indústria petroleira, vai tentar equacionar sua dívida para colocar a empresa novamente em pé. O plano é conseguir o que a empresa de Eike Batista não conseguiu: transferir o controle para os credores e nessa transação abater a maior parte de sua dívida.
A Lupatech optou pela recuperação extrajudicial, que envolve um acordo formal, mas sem a mediação da Justiça ou a nomeação de um administrador. A estratégia é dar o controle acionário aos credores a partir da conversão de cerca de R$ 1,1 bilhão de dívida em ações.
Os detentores de US$ 289 milhões em bônus perpétuos seriam os maiores acionistas, com 51,4% dos papéis. Eles terão de aprovar o plano, que depende do aval de detentores de pelo menos três quintos do valor total da emissão.
Se o plano for aprovado, as dívidas financeiras da companhia cairiam de R$ 1,4 bilhão para R$ 300 milhões e a empresa voltaria a ter acesso a crédito - essencial no negócio, intensivo em capital. Desde maio, a Lupatech é classificada em nível de default pelas agências de risco porque está inadimplente.
Fonte: Valor Econômico/Natalia Viri e Talita Moreira | De São Paulo
PUBLICIDADE