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Daihatsu no Brasil

 

Obras para a implantação da fábrica de motores de médio e grande porte estão previstas para serem iniciadas em outubro


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As obras para a implantação da fábrica de motores Daihatsu de médio e grande porte para uso em navios e plataformas estão previstas para serem iniciadas no próximo mês de outubro. Atualmente a companhia está na fase de detalhamento de projetos e análise de mercado sobre os equipamentos que serão utilizados para a montagem da unidade.

A ideia é inserir o maior número de itens nacionais para facilitar na manutenção. A unidade será instalada em Parada de Lucas, no Rio de Janeiro.

 

A intenção é que a unidade inicie as operações em setembro de 2013. A fábrica será montada em três etapas. Na primeira delas, que deve estar pronta em setembro do próximo ano, serão feitos testes e acoplamento dos equipamentos. O motor importado virá montado e a base e o gerador serão produzidos no Brasil.

“Na segunda fase, parte do motor já virá desmontado, então já vamos acoplar um gerador brasileiro, uma base brasileira e vamos aprender a montar e desmontar. Isso vai levar um tempo de, pelo menos, um ano. E na terceira fase todo o motor virá desmontado e vamos fazer todo o processo no Brasil. Também vamos fazer essa desmontagem total por um ano e identificar quais peças podemos produzir no país”, explica o diretor comercial da Alfa Diesel Indústria e Comércio de Motores, Eduardo Marques.

Segundo o executivo, a companhia prevê que dentro de cinco ou seis anos os motores fabricados no Brasil já estejam com 80% de conteúdo local. “Mas essa é uma previsão muito pessimista. Em 2016, a gente prevê já estar fazendo isso”, acredita Marques, ressaltando que no início de fabricação dos motores o índice de itens nacionais deve ser de cerca de 30%.

Inicialmente serão fabricados dois motores — o DK-20 e o DK-26 —, de 800 kw até 2.000 kw, considerados de pequeno porte. Mas, de acordo com a demanda, a companhia também poderá produzir equipamentos de até 7.500 kw. “Inicialmente o plano é produzir três motores por mês, mas essa é uma ideia para começar na fábrica. Vamos produzir quanto for necessário, depende muito da demanda”, diz Marques. A linha da Daihatsu compreende motores de 500 kw a 8.000 kw.

O investimento inicial de R$ 10 milhões é da Alfa Diesel, uma associação entre a Comercial Bierges e a Caldepinter. A Daihatsu concedeu licença de produção dos seus motores a Bierges, seu agente em pós-venda no Brasil há mais de 25 anos, e a Caldepinter, especializada em montagens metal-mecânica.

A Bierges foi formada em 1990, como fornecedora de peças sobressalentes para motores de propulsão e de geração de energia de embarcações. Em 1996, a empresa iniciou suas atividades com reparos de motores e prospecção de mercado para a identificação de oportunidades de venda de equipamentos Daihatsu. Com o aumento da demanda por serviços pós-venda e a necessidade de fortalecer a estrutura da empresa, a Bierges adquiriu em 2001 o controle societário da Alfa Diesel Serviços Marítimos, que realizava manutenção, reparo e serviços de recuperação de motores de diversas marcas, além dos Daihatsu. Já a Caldepinter foi criada para atender às atividades fabris do setor metal-mecânico produzindo e reparando peças, estruturas metálicas e equipamentos.

A gestão comercial e administrativa-financeira da fábrica caberá às duas empresas em sociedade, mas a produção será comandada estreitamente pela Daihatsu, até que a mão de obra brasileira adquira o grau de produtividade requerido pelos empreendedores.

Com área de 22 mil metros quadrados, a fábrica ocupará inicialmente seis mil metros quadrados do terreno. Mas a companhia já tem planos de expansão da unidade. “Vai ter que ter ampliação, mas isso vai depender do mercado, que ainda está sem infraestrutura, e dos estaleiros ainda estão em construção. Temos até projetos para isso [a ampliação]. O pensamento de hoje no mercado naval e de motores é para a partir 2015, quando deve começar a ficar mais aquecido”, avalia.

A Alfa Diesel ainda está formatando o organograma, mas a estimativa da empresa é que em um primeiro momento sejam demandadas cerca de 60 pessoas na fábrica. A transferência de tecnologia também vai acontecer. Alguns engenheiros virão do Japão e permanecerão no Brasil por cerca de dois ou três anos treinando os profissionais brasileiros

Os motores e grupos geradores Daihatsu estão instalados em navios da Transpetro e outros foram fornecidos aos estaleiros Atlântico Sul e Mauá através do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), bem como ao estaleiro Aliança para barcos de apoio offshore. No passado, os motores da Daihatsu foram fabricados no Brasil pela Ishibras.

 






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