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Desmanche de navios de cruzeiro cresce na Turquia após impacto da pandemia

Os negócios estão florescendo em um atracadouro no oeste da Turquia, onde cinco gigantescos navios de cruzeiro estão sendo desmontados para revenda de metais depois que a pandemia da Covid-19 praticamente destruiu o setor, afirmou na sexta-feira (2) o presidente de uma associação de empresas de reciclagem naval.

Os navios de cruzeiro serviram de foco a alguns dos primeiros contágios coletivos pela Covid-19, quando a pandemia começou a se espalhar pelo planeta este ano.


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Em março, as autoridades dos Estados Unidos promulgaram uma ordem de restrição de navegação determinando que todos os navios de cruzeiro se mantivessem onde estavam.

Na sexta-feira, dezenas de operários estavam desmontando as paredes, pisos, escotilhas e amuradas de diversos navios no atracadouro de Aliaga, uma cidade 45 quilômetros ao norte de Esmirna, na costa oeste da Turquia. Três outros navios em breve se somarão àqueles que já estão sendo desmontados.

Antes da pandemia, os estaleiros turcos de desmontagem de navios tipicamente trabalhavam com cargueiros e navios porta-contêineres, disse Kamil Onal, presidente de uma associação de empresas de reciclagem naval, à agência Reuters.

“Mas depois da pandemia, os navios de cruzeiro mudaram de rumo de modo significativo e começaram a ser encaminhados a Aliaga”, ele disse, falando sobre a cidade. “Houve crescimento no setor devido à crise.

Quando deixou de ser possível arranjar trabalho para os navios, os proprietários escolheram o desmonte”.

Onal disse que 2.500 mil pessoas trabalham no estaleiro, em equipes que demoram cerca de seis meses para desmontar completamente um navio de passageiros. As embarcações vieram do Reino Unido, Itália e Estados Unidos.

O estaleiro planeja elevar o volume de aço que desmonta a 1,1 milhão de toneladas até o final do ano, ante 700 mil toneladas em janeiro, ele disse.

“Estamos tentando transformar a crise em oportunidade”, afirmou Onal.

Mesmo as peças não metálicas dos navios terminam reaproveitadas, porque operadores de hotéis visitam o estaleiro para adquirir materiais úteis, acrescentou Onal.

Fonte: Folha SP






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