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STX estende operações aos dois lados da Baía de Guanabara, ao estabelecer parceria com o estaleiro Rio Nave, localizado no Caju (RJ)

Com o espaço físico limitado para dar conta de sua robusta carteira de encomendas, o estaleiro STX OSV Niterói acaba de consolidar sua operação no outro lado da Baía de Guanabara. Denominado Consórcio Guanabara Unida, a parceira entre o estaleiro Rio Nave e o STX (na base de 50% / 50%) existe de fato desde fevereiro deste ano.  Foi iniciada a partir da construção dos cascos de duas das embarcações contratadas ao estaleiro de Niterói. Também está prevista a conclusão de um dique contratado antes da parceria pela empresa Dockshore ao Rio Nave e que estava com as obras paradas.  Estão sendo investidos cerca de R$ 20 milhões em máquinas, equipamentos e algumas obras de infraestrutura.

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“Somos 100% focados no mercado offshore, que está muito aquecido.  Estamos sempre negociando novos contratos e precisávamos ampliar nossa capacidade, principalmente para dar conta da montagem dos cascos”, afirma o presidente do STX, Waldemiro Arantes Filho, explicando que o STX visa à construção de barcos mais sofisticados tecnologicamente, como PLSV, AHTS, grandes PSV, OSRV, etc.

A carteira de encomendas do STX OSV Niterói totaliza sete embarcações offshore, sendo 3 PSV 4.500 (um para a Deep Sea e dois para a Siem Consub) e quatro AHTS para a DOF.  Nada menos que US$ 800 milhões.  Atualmente 1,5 mil funcionários trabalham no local.

A massa falida do estaleiro Caneco, no bairro do Caju, está arrendada desde 2000 ao Rio Nave e é possível que vá a leilão em 2012. O arrendamento, no entanto, está garantido até 2015. Já o STX, que funciona em área arrendada ao grupo Mac Laren, tem contrato que garante sua permanência na Ilha da Conceição até 2014 e opção de permanecer no local até 2016.

Mas como o tempo passa rápido o STX se mexe para ter mais opções que permitam a ampliação da carteira de encomendas. Além do parque do Caneco, constrói um novo estaleiro em Suape, um investimento de nada menos que R$ 250 milhões, financiado com recursos do FMM. O agente financeiro é o Banco do Brasil.  A obra está em fase de terraplanagem e até o final do ano está previsto o início da cravação de estacas das oficinas.  O STX OSV Promar  deve ficar pronto no segundo semestre de 2013 e contará com 1,5 mil funcionários numa primeira fase. A capacidade de processamento de aço será de 20 mil toneladas.

As encomendas da fase inicial já estão garantidas. O parque de Suape construirá oito navios para a Transpetro, em contrato já em eficácia e que soma US$ 536 milhões. São quatro unidades com capacidade para transportar sete mil metros cúbicos de GLP,  duas embarcações com capacidade de quatro mil metros cúbicos e outras duas unidades com capacidade de 12 mil metros cúbicos.  Assim como aconteceu no Atlântico Sul (EAS), a construção do primeiro navio deve ser iniciada em paralelo à construção do estaleiro.  O primeiro navio tem entrega prevista para agosto de 2014 e os demais, até 2016.

Outro projeto em andamento é o de ter um outro parque industrial no município de Quissamã, no Norte do estado do Rio.  A área, de 120 mil metros quadrados, foi arrendada à prefeitura e atualmente está em fase de dragagem. A intenção é explorar ali o segmento de reparo e manutenção de barcos offshore. Seria uma volta às origens do Promar, estaleiro que abriu as portas na década de 90 e durante vários anos teve a atividade de reparo como seu carro-chefe, antes que o boom do setor petrolífero o levasse a priorizar o mercado de construção de barcos offshore.  O investimento total em Quissamã é da ordem de US$ 50 milhões

“Nos próximos dois anos o STX investirá R$ 350 milhões em infraestrutura”, afirma Waldemiro Arantes.

 

Ritmo intenso na Ilha da Conceição

O STX OSV Niterói lançou ao mar em novembro o PSV09 CD Sea Brasil. Encomendado pela Deep Sea Supply Navegação Marítima, de capital norueguês, a embarcação foi concebida dentro dos mais avançados conceitos de sustentabilidade e proteção do meio ambiente. O conteúdo nacional deverá chegar a 70%. O barco é o 28º lançado pelo estaleiro.
A embarcação, que tem capacidade para operar em águas ultraprofundas, tem 4.700 toneladas de porte bruto, 87,9 metros de comprimento total, 19 metros de  boca moldada e 6,6 metros de calado máximo. Pode atingir a  velocidade de 15 nós.  A propulsão é diesel-elétrica com dois propulsores azimutais de 2.500 kW.  O projeto é STX NOD 425 e o financiamento é do Fundo da Marinha Mercante. Durante a cerimônia de lançamento do navio, o gerente geral da empresa, Dante Carvalho, afirmou que a Deep Sea pretende ser uma das maiores empresas de apoio offshore do Brasil. No dia do lançamento a empresa assinou contrato com a Petrobras para a operação, a partir de janeiro de 2012, de dois AHTS por um período de quatro anos com opção de mais quatro.
A norueguesa Deep Sea Supply tem foco nos contratos de afretamento curto e média duração de grandes AHTS. Para PSV e AHTS menores, a empresa planeja buscar contratos de médio e longo prazos.   Dispondo atualmente de uma frota de 22 embarcações, entre AHTS e PSV, a empresa opera no Mar do Norte, costa oeste da África, Mediterrâneo, Sudeste da Ásia e Brasil.
Na mesma cerimônia foi realizado o batimento de quilha do Skandi Paraty, AHTS encomendado pela DOF Navegação. Com 250 toneladas de tração estática e 4,2 mil tpb, ele contará com quatros motores diesel, sendo de 2 de 4.000Kw e 2 de 4.500 Kw.  O  projeto é AH11 STX NOD 568.
Também em novembro, o STX entregou ao armador DOF Navegação,  o Skandi Amazonas, o maior, mais potente e tecnologicamente avançado navio de Reboque, Suprimento e Manuseio de Âncoras já construído no Brasil.  Ele é a 26ª embarcação construída no estaleiro.  Durante a sua prova de mar, atingiu velocidade de 18,15 nós e comprovou capacidade máxima de tração estática contínua de 324 toneladas, com tração estática máxima de 343 toneladas. A propulsão é híbrida diesel-mecânica-elétrica (22.360 kW total).  Todas as embarcações são classificadas pela Det Norske Veritas.



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