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Empresas de petróleo e gás lançam propostas para elevar competitividade

A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) lançou ontem uma agenda que propõe 10 políticas e 63 ações para o aumento da competitividade da cadeia produtiva do petróleo e gás offshore (na plataforma continental) no Brasil. Segundo a Onip, a execução das propostas é necessária para que se aumente o número de empregos do setor no Brasil e para que as empresas brasileiras possam ser competitivas no exterior.

Entre as propostas apresentadas estão a disseminação do conhecimento e da inovação tecnológica pelas empresas da cadeia, o aumento da transparência das políticas de exigência de conteúdo nacional, o acesso a matérias-primas e infraestrutura em condições competitivas, a atração de investimento de empresas internacionais e a garantia de isonomia tributária, técnica e comercial entre empresas brasileiras e estrangeiras.

Hoje, a cadeia produtiva de petróleo e gás offshore emprega cerca de 420 mil pessoas. A Onip acredita que, se as propostas não forem seguidas, o Brasil poderia dobrar esse número, chegando a 860 mil empregos em 2020. Com a aplicação das políticas de competitividade, a Onip aposta na geração de mais de 2,1 milhões de empregos nos próximos dez anos.
"Foi construído um conjunto de propostas para o setor, que estamos oferecendo ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] como responsável direto pelo Programa de Desenvolvimento Produtivo do setor de petróleo no Brasil. É uma contribuição da indústria à estruturação de uma política industrial para o setor", disse Eloi Fernández y Fernández, diretor da Onip.

O estudo prevê ainda que a cadeia produtiva de petróleo e gás offshore gastará no Brasil em torno de US$ 400 bilhões (cerca de R$ 700 bilhões) até 2020. Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que acompanhou o lançamento do documento da Onip, as propostas são importantes para que se possa garantir a competitividade dos fornecedores brasileiros nos próximos anos.

"De 2003 para cá, a indústria tem atendido mais do que a nossa exigência legal de conteúdo nacional. Nós estamos obtendo mais do que pedimos, porque a indústria tem respondido mais rápido e com mais agilidade do que foi solicitado. Agora, evidentemente, temos um programa de investimento muito acelerado. Olhando para o futuro, a potencial restrição que pode existir é a velocidade de crescimento da capacidade da indústria para atender à demanda. Evidentemente, uma indústria de longo prazo tem que planejar a longo prazo", disse Gabrielli.

Segundo o diretor de projetos e infraestrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, estimular a competitividade da cadeia produtiva do petróleo é importante não só para o setor em si, como também para a economia em geral.

Fonte: Valor Econômico/Agência Brasil, do Rio






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