Depois da saída  dos coreanos da Samsung, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) aposta agora  nos poloneses para resolver seus problemas com atrasos de encomendas  para a Petrobras. O EAS está em conversas avançadas com a empresa  polonesa Remontowa e a companhia de engenharia LMG, segundo uma fonte  que acompanha as negociações. A Remontowa entraria com tecnologia, e a  LMG, com projetos. As duas empresas já têm parcerias no exterior. No  Brasil, a LMG presta serviços, por exemplo, ao grupo Jurong.
As  conversas do EAS com a dupla são anteriores à saída da coreana Samsung  do estaleiro e vinham sendo mantidas em paralelo. A Samsung tinha 6% do  empreendimento e vendeu sua participação neste mês para as duas  construtoras,que tinham como sócios Camargo Corrêa e Queiroz Galvão,  agora com 50% cada.
O movimento foi na direção contrária do que  estava sendo negociado pela Petrobras, com aval do governo, para evitar  atrasos. As conversas ficam mais intensas depois da saída do Samsung, um  dos maiores estaleiros do mundo.
A Petrobras negociava a  ampliação da participação do Samsung para aproveitar a expertise do  grupo e acelerar projetos, especialmente as sete sondas de perfuração  para o pré-sal que a Petrobras contratou, via Sete Brasil, para serem  construídas no EAS. Cada uma custa cerca de US$ 800 milhões.
O  estaleiro já tem problemas hoje no cronograma de entrega de navios para a  Transpetro, sendo o caso mais famoso o do navio João Cândido, com mais  de um ano de atraso e problemas de solda e nivelamento.
A  presidente da Petrobras, Graça Foster, entrou pessoalmente nas  negociações, temendo morosidade na fabricação das sondas, o que  atrasaria a exploração do pré-sal. Mas o Samsung resolveu deixar a  parceria.
Segundo a fonte, as conversas azedaram porque o Samsung  queria construir na Coreia as duas primeiras sondas, de um total de  sete. A Sete Brasil, empresa que tem a Petrobras como sócia, pretendia  que a construção se realizasse no Brasil. O governo usa as encomendas da  Petrobras para fomentar a indústria naval brasileira.
Fonte: Agência Estado/Sabrina Valle
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