O governo do Rio arrematou por R$ 96 milhões a área do estaleiro Caneco, no bairro do Caju, região portuária do Rio de Janeiro. O objetivo é implementar um complexo pesqueiro e um condomínio industrial no local. O leilão foi realizado na tarde da última quarta-feira e a área foi arrematada por 50% do valor inicial proposto, de R$ 192 milhões.
O governador Cláudio Castro destacou que a economia do mar faz parte do DNA do Estado do Rio, que já ocupou o primeiro lugar na pesca extrativa marinha. Ele lembra ainda que o estado tem o terceiro litoral mais extenso do país e é o principal consumidor de pescado.
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— Vamos recuperar o protagonismo desse importante setor da economia, que gera tantos empregos para a população fluminense – enfatizou Castro.
Atração de empresas
Com 135 mil metros quadrados, o estaleiro Caneco foi fundado em 1886 e foi um dos principais do país desde o início da indústria de construção naval.
O espaço tinha capacidade para construir navios de até 2.500 toneladas e ainda contava com uma ponte rolante com capacidade para levantar até 5.000 toneladas. Agora, o espaço será voltado para a indústria pesqueira do estado.
A localização do estaleiro é avaliada como estratégica pelo governo. Fica próximo à ponte Rio-Niterói, a rodovias importantes e a um dos portos mais competitivos do país para distribuição de cargas para os Estados Unidos e Europa.
Também possui amplo cais para atracação de embarcações e descarga de pescado, além de galpão que comporta a comercialização dos peixes e mariscos.
Economia do mar
A aquisição da área do estaleiro está associada com as iniciativas do governo fluminense em prol do setor pesqueiro.
O estado instituiu no ano passado a Comissão de Desenvolvimento da Economia do Mar (Cedemar), que cria a política estadual de incentivo à economia do mar como estratégia de desenvolvimento socioeconômico do Rio de Janeiro.
Aprovada neste ano, a lei estadual nº 9,545/2022 também dispõe sobre a implantação do Complexo Pesqueiro do Estado do Rio de Janeiro e autoriza o estado a buscar parcerias público-privadas para a realização do empreendimento.
Fonte: O Globo