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Estaleiro com contrato assinado até junho

Subsidiária da Petrobras quer terreno e licença para instalação do estaleiro providenciados ainda neste semestre
A Transpetro, subsidiária de transportes marítimos da Petrobras, estabelece que até o fim deste semestre, mais precisamente em 77 dias corridos, a empresa vencedora da licitação para construção de oito navios gaseiros, seja os estaleiros Promar Ceará, o Eisa S/A ou o Mauá, terá de apresentar o documento de propriedade do local e a licença prévia de instalação do empreendimento, para que o contrato seja assinado. "Temos que estar com tudo isso (a localização e a licença ambiental) resolvido até o fim do primeiro semestre. E já estamos em abril. Temos apenas maio e junho. Os navios não podem esperar. O petróleo não pode ficar no poço. Ele tem que ser transportado e nós precisamos desses navios prontos até 2014", alertou ontem, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, diante de indefinições do governo do Estado e da Prefeitura de Fortaleza, quando a localização do equipamento no Estado.
Conforme explicou, logo após a divulgação da empresa vencedora do processo licitatório, - previsto para esta semana - o estaleiro terá de mostrar o contrato do local e a licença previa ambiental". Pelo que prevê o edital, o prazo para apresentação dessas exigências será de 15 dias, após a convocação pela Transpetro. "Sem isso, não há contrato", reforça fonte do setor naval.
Prazo escasso
Diante da exiguidade dos prazos, Sérgio Machado descartou a possibilidade, mencionada na última segunda-feira, pelo secretário Municipal de Meio Ambiente, Deodato Ramalho, de que a decisão sobre o local do Estaleiro poderia esperar para o ao que vem. "Os navios (gaseiros) precisam está todos prontos, até 2014", ressaltou.
Machado confirmou as exigências apontadas pela empresa Promar Ceará, ao governo do Estado, para que o estaleiro seja instalado aqui, conforme divulgou, com exclusividade, o Diário do Nordeste, na edição do dia 7 último. "O grupo empresarial (PJMR e STX Europe) decidiu que vai fazer o estaleiro. E quer construir no Ceará, mas a empresa precisa de uma área abrigada, com profundidade mínima de oito metros, com um milhão de metros quadrados (100 hectares) e, pelo menos, 365 metros de área de frente para o mar", destacou.
Diante de tais pressupostos, Machado avalia que a área da Inace (Indústria Naval do Ceará), que vem sendo apontada pela Prefeita Luizianne Lins, como alternativa à instalação do estaleiro, não seria ideal, por ser pequena para produzir os navios gaseiros. O próprio presidente da Inace, Gil Bezerra, já havia afirmado ao Diário do Nordeste, que precisaria investir R$ 50 milhões em intervenções na planta estrutural do estaleiro, para recepção dos tanques que compõem os navios gaseiros.
Conforme disse, os cascos dos navios até que poderiam ser construídos lá, mas "ampolas de gás de cada um dos navios pesam 350 toneladas", dimensão que o estaleiro não tem condição de suportar. "Não temos como receber e transportar os tanques de gás", afirmara.
Fases de construção
Segundo a Transpetro, a construção de um navio consta de quatro fases: a primeira, marcada pelo corte da primeira chapa de aço, dá início à produção do casco; a segunda, ou batimento de quilha, dá início a fase de montagem, prosseguindo até o lançamento ao mar da embarcação e consequente docagem, onde são feitos os acabamentos. Ontem, a reportagem voltou a tentar falar com Gil Bezerra, mas a secretária do empresário não retornou a ligação.
POSIÇÃO
Luizianne Lins diz que apoia estaleiro, mas na Inace
A Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, disse ontem, que está disposta a apoiar e a incentivar a instalação do estaleiro Promar Ceará, mas na área da Indústria Naval do Ceará (Inace), no Poço da Draga. "Sou favorável ao crescimento da indústria naval, a qual avalio com grande potencial de crescimento, mas acho que já temos um estaleiro na orla de Fortaleza, que é lá na Inace, e acredito que é lá o melhor local", defendeu Lins.
Segundo a prefeita, essa foi a proposta apresentada aos empresários da PJMR, empresa sócia do Promar Ceará, na reunião da última segunda-feira, no Paço Municipal. "Eu coloquei isso para os empresários e disse que estaria de total acordo, que incentivaria, que ajudaria, desde que não fosse naquela região (no Serviluz), porque a vocação daquela área portuária não é industrial, mas turística", ressaltou a chefe do executivo.
"Agora uma coisa eu disse a eles (empresários), com muita clareza. Sem a anuência da Prefeitura, vocês (PJMR) não vão implantar e a prefeitura não quer no Titanzinho. A mudança de local é condição ´sine qua non´ para aprovarmos o projeto", avisou. A prefeita informou que irá convidar o governador Cid Gomes e os sócios da PJMR, para novo encontro na próxima segunda ou terça-feiras, para encontrar o melhor cenário para resolver esse problema.

Fonte: Diário do Nordeste/CARLOS EUGÊNIO

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