A Constremac, construtora paulista do grupo Copabo, especializada no segmento portuário, irá construir um estaleiro de embarcações de suprimentos para a Wilson Sons no Guarujá, em São Paulo.
O empreendimento de R$ 50 milhões será entregue em cerca de 15 meses. Este é mais um dos projetos que a empresa vai executar durante o ano, no qual a construtora deverá dobrar seu faturamento, somando R$ 200 milhões.
De acordo com Fernando Borin Graziano, em três anos o valor deverá ser duplicado novamente. "Temos oportunidades comerciais de obras superior a R$ 1 bilhão para os próximos três anos que estão em diversas fases de desenvolvimento", afirma o executivo.
Com uma década, a Constremac vem desenvolvendo um perfil diferenciado em um mercado tomado por gigantes, concentrando-se no setor privado e usando apenas capital próprio para se alavancar.
Com apetite para entrar no rol das grandes, acaba de contratar uma consultoria para formular um plano de negócios que passa pela criação de um conselho.
Até o fim do ano, a companhia deve implementar um centro compartilhado de serviços, em São Paulo, para unir a parte administrativa da Constremac à das outras áreas do grupo Copabo.
"O objetivo é fazer a junção física para aproveitar a sinergia existente na área comercial para a área de prestação de serviços", diz Graziano.
O processo de ampliação das atividades também prevê parcerias e a entrada da empresa em outros segmentos.
"Engenharia exige foco, então para concorrer com grandes empresas definimos a área portuária. Adquirimos experiência em obras industriais e vamos diversificar, desenvolvendo parcerias estratégicas. Temos estudado o segmento de ferrovias."
A Constremac também está investindo em equipamentos. A empresa vai trazer ao Brasil uma balsa de 66 metros de comprimento para cravação de estacas destinada a obras on/off shore. O equipamento, encomendado à holandesa IHC Fundex, será único no país.
Sofisticação
O modelo fabricado sob encomenda será dotado de uma torre com 70 metros e o guindaste erguerá estacas com até 50 metros de altura.
Segundo Graziano, trata-se de um sofisticado sistema de içamento e guia.
"É um conjunto diferenciado que vai nos trazer muitos negócios. O equipamento impacta diretamente na produtividade e, consequentemente, na redução dos custos", avalia.
De acordo com Graziano, o investimento de R$ 15 milhões na embarcação se justifica já que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê que entre 2008 e 2010 será aplicado R$ 1,4 bilhão em dragagens que vão aprofundar os canais de acesso aos terminais.
Fonte:Brasil Econômico/Priscila Machado
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