A perspectiva da descoberta e da comprovação de novas jazidas petrolíferas abre grandes oportunidades para a indústria da construção naval no país. Um levantamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal agente financeiro do setor, mostrou que a carteira do banco na área naval ligada à indústria de petróleo e gás chegava a R$ 18,2 bilhões, entre projetos aprovados, em análise e em perspectiva. A disponibilidade de recursos financeiros não parece ser um problema para a indústria naval brasileira, que conta com dinheiro a baixo custo e longo prazo do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
Uma das apostas do BNDES para 2010 é financiar a construção de novos estaleiros. Angelo Bellelis, presidente do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), diz que a competição no segmento da construção naval é inevitável, porque a demanda é maior que a oferta. Mas há quem acredite que nem todo projeto de novo estaleiro vai sair do papel. Empresários apontam que haveria espaço para três ou quatro novos estaleiros de grande porte. O Rio de Janeiro, que já foi berço da indústria naval brasileira, tenta garantir o seu espaço em meio ao surgimento de novos polos navais, como Suape, em Pernambuco, e Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Após a retomada das encomendas um dos desafios é desenvolver a indústria de fornecedores para aumentar o conteúdo nacional de equipamentos.
Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes, do Rio
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