“O Brasil é importante para os nossos negócios. É uma oportunidade que não queremos deixar passar. Por isso, estamos atendendo às necessidades de nacionalização de componentes para fazer com que tenhamos a disponibilidade desse mercado para nós”, diz o executivo.
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Atualmente, a unidade já produz os grupos geradores 3500 a diesel. O equipamento é comumente usados em aplicações de rebocamento e salvamento, carga e trabalhos offshore, bem como para o acionamento de bombas de emergência e de combate a incêndios. Em muitos casos, segundo a companhia, os motores terão conteúdo nacional suficiente para atender às exigências de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
“Será um produto já bastante mais nacionalizado do que o que vinha antes, que era totalmente importado. O motor vem completo dos Estados Unidos. Toda a parte de base geradora, acoplamento, controle, parte elétrica já é fornecimento nacional. É como se fosse um sistema nacional que tem um motor importado”, explica o gerente global de serviços técnicos para a área de petróleo da empresa, Mike Birkinshaw..
Além de motores em plataformas, a companhia também vê toda a infraestrutura que supre as plataformas – embarcações e equipamentos – como oportunidades de negócios no país. “A maioria das embarcações que dão apoio às plataformas nessa região do pré-sal tem motores Caterpillar. Como essa frota de embarcações está crescendo, também cresce a nossa oportunidade não só na geração de energia em plataforma, mas também em toda parte de propulsão de embarcações que dão suporte a plataformas. A oportunidade para nós é enorme nesse campo”, diz Noelken.
O desenvolvimento de equipamentos menores, que ocupem menos espaço nas plataformas, também vem sendo observado pela companhia. Segundo Birkinshaw, existe um grupo dedicado a clientes de óleo e gás em Houston, nos Estados Unidos, cuja função única é estar em contato constante com os operadores para entender exatamente as características que buscam nos produtos. “Existem engenheiros que se especializam em produtos Caterpillar dedicados à indústria de óleo e gás, então o produto é mais leve, menor, com custo de operação mais baixo, dentro dos parâmetros que são definidos pelo cliente”, ressalta.
Segundo Noelken, a indústria de óleo e gás requer cada vez mais unidades mais compactas, buscam mais potência e menos peso, maior durabilidade e menos custo, além de baixas emissões. “A densidade de potência, peso e volume são muito importantes para a produção em plataformas, porque não deixa de ser, como diz a indústria, o espaço mais caro do mundo. Então quanto menor e mais potente, mais atraente é o produto”, diz.
Em relação à manutenção e reparo de equipamentos, Noelken destaca o suporte da Sotreq, que é o maior revendedor da Caterpillar no Brasil. Segundo o executivo, a revendedora vem desenvolvendo capacidade de suporte não só para a Petrobras, mas também para todos os perfuradores que estão vindo para o Brasil por conta do pré-sal. A parceria com a Sotreq, na avaliação do executivo, é fundamental na estratégia da Caterpillar.