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Exploração no pré-sal é posta em dúvida

Para Greenpeace, vazamento mostra que a exploração de petróleo ainda é insegura, incluindo a nova área de perfuração

Chevron não consegue estimar quando petróleo vai parar de jorrar; fechar fissura é 'operação complicada'

DO RIO - A organização ambientalista Greenpeace afirmou ontem que o vazamento na bacia de Campos mostra que a exploração de petróleo no mar ainda é insegura. A entidade colocou em dúvida o aproveitamento do pré-sal.

"A Chevron declara que o vazamento é resultado de uma falha natural na superfície do fundo do mar, e não no poço no campo de Frade. Mas essa falha não aparecia no EIA (Estudo de Impacto Ambiental). O que aconteceu? Onde está o EIA de Frade?", disse Leandra Gonçalves, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.


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A Chevron não consegue estimar quando o vazamento será totalmente contido. O fechamento da fissura é uma operação complicada.
Outro complicador é a necessidade de contratar equipamentos especiais, hoje sem disponibilidade imediata.

A petroleira americana trouxe ao país o especialista Michael Allen, da empresa Wild Well, especializada em grandes emergências. "Nem ele soube precisar quando tudo será sanado. Se no caso da BP, nos EUA, demorou, imagine agora", disse um especialista da comissão que apura o vazamento.

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) informou ontem que foi iniciada a cimentação do poço que vinha sendo perfurado próximo à fissura. Segundo a agência, o vazamento continua sendo reduzido.
"A mancha de óleo está se dispersando e se afastando do litoral brasileiro. Essa dispersão gera um aumento da superfície de mancha, com menor densidade de óleo", afirmou a ANP.

Embora remota, a possibilidade de a mancha de óleo atingir a costa do Rio de Janeiro ainda existe, afirmou o oceanógrafo David Zee. Ele, no entanto, disse que os efeitos para o ecossistema são inevitáveis. Zee alertou sobre o vazamento ocultar, à primeira vista, a gravidade do caso. "Como o óleo é pesado, é difícil subir. Pode ser que uma menor quantidade chegue à superfície, mas ele está ali embaixo."

Fonte: Folha de São PAULO






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