RIO - No dia em que a Sete Brasil entrou no centro das denúncias da Operação Lava-Jato, a assinatura do contrato de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal (CEF) e UK Export Finance à empresa de sondas, marcada para hoje, foi suspensa. Representantes da empresa e dos bancos chegaram a se reunir na sede da companhia, no Rio de Janeiro, mas a Petrobras não enviou representantes e inviabilizou a assinatura do acordo, disse um executivo a par do assunto.
Depoimentos do delator Pedro Barusco, divulgados nesta quinta-feira, indicam a cobrança de propinas de 1% sobre os valores dos contratos para construção de sondas, firmados pelos estaleiros com a Sete Brasil.
De acordo com a fonte, no entanto, a assinatura do contrato de financiamento, da ordem de US$ 5 bilhões, foi inviabilizada pela ausência da Petrobras.
“O atual comando da Petrobras preferiu deixar a deliberação sobre algumas pendências para assinatura do contrato para a próxima diretoria”, disse o executivo, referindo-se à assinatura do asset management agreement (AMA) para uso das sondas da qual a estatal é operadora.
O executivo, contudo, admitiu surpresa com a divulgação das informações pela Polícia Federal e disse que representantes da empresa e dos bancos de fomento acompanham juntos, neste momento, as notícias sobre o andamento da Operação Lava-Jato.
Fonte: Valor Econômico/André Ramalho
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