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Foco na competitividade internacional

Abenav apresenta projeto visando abertura de mercado para estaleiros brasileiros

A Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav) apresentou, em agosto, um projeto dedicado à exportação, no âmbito do programa Brasil Maior, do governo federal. O projeto visa à abertura de mercado para os estaleiros brasileiros, sobretudo para construção de plataformas e embarcações de apoio. O presidente da Abenav, Augusto Mendonça, defende que a única garantia para um mercado perene é formar uma indústria competitiva no mercado internacional.

Dentro do programa Brasil Maior, já existe um comitê dedicado a petróleo, gás e naval, do qual a Abenav é um dos membros e coordenou um projeto que tratava de aumento da competitividade dos estaleiros. Para Mendonça, o risco real para a indústria naval e offshore brasileira é o preço do barril do petróleo.

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Ele acredita que, enquanto esse indicador da commoditie ficar em patamares suficientes para que a extração fique lucrativa, os riscos serão baixos. “Vamos imaginar que a produção do óleo do pré-sal custe US$ 15 a US$ 17 por barril. Qualquer número que o barril se aproxime desse valor é um risco para indústria. Enquanto o barril estiver longe disso, haverá garantias”, analisa Mendonça, que participou da 10ª edição da Navalshore, que aconteceu em agosto, no Rio de Janeiro.

Mendonça acrescenta que o custo de produção do insumo declinará vertiginosamente conforme a infraestrutura aumentar. “Uma coisa é o operador explorar o campo de Lula sozinho a 300 quilômetros da costa brasileira. Outra coisa é explorar Lula, Libra e outros campos na mesma região. Assim criamos a infraestrutura necessária”, observa.

O presidente da Abenav afirma que só haverá como continuar explorando as reservas brasileiras de petróleo se a indústria tiver competitividade para superar problemas como câmbio, instabilidade de preços futuros e momentos de desaceleração do consumo. Ele ressalta o fato de os níveis de competitividade da indústria naval brasileira estarem em diferentes estágios na construção de navios, plataformas e embarcações de apoio.

No entanto, Mendonça destaca a existência de produtos brasileiros com preço internacional melhor que as referências mundiais. Em determinados barcos de apoio, por exemplo, o Brasil tem preço melhor que a Noruega, que é a referência do setor. Ele também cita que, apesar da conjuntura brasileira, o país possui preços melhores que Singapura na fabricação de plataformas.

 

No caso da construção de navios, Mendonça lembra que esse foi o último desses segmentos a retomar as atividades após o desmanche da indústria naval na década de 1990. “Na verdade, a indústria offshore nunca parou. Ela diminuiu muito, mas o Brasil continuou produzindo plataformas, inclusive para exportação na década de 1990”, avalia.



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