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Gabrielli admite que P-33 tem problemas de conservação mas descarta riscos

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, admitiu hoje que a plataforma de petróleo P-33, interditada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), tem "problemas de conservação".

Ele descartou, no entanto, que tais problemas ofereçam risco à integridade da plataforma e dos trabalhadores.

Nos últimos dias, trabalhadores da P-33 e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense têm denunciado a falta de conservação na plataforma. Alguns equipamentos, segundo eles, estão apresentando risco de vazamento de gás e, portanto, colocando em risco a vida dos funcionários.

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As denúncias levaram a vistorias da ANP e do Ministério do Trabalho. Os dois órgãos interditaram a P-33, que opera na Bacia de Campos. A previsão é que a P-33 entre em manutenção em outubro. Na semana passada, outra plataforma da Bacia de Campos, a P-35, teve um princípio de incêndio.

- As plataformas estavam em fase final pré-parada programada. Então elas estavam feias e estavam precisando, talvez, de alguma conservação. Admito que tem problemas de conservação. Mas nossa avaliação é que não há nenhum risco operacional nas plataformas. Não há nenhum risco à integridade das pessoas. Não há nenhum risco à integridade das plataformas. Nós jamais colocaríamos nossos trabalhadores e nosso sistema em risco - disse Gabrielli.

Hoje trabalhadores de dez plataformas da Petrobras estão fazendo uma manifestação, chamada de Operação Chega de Contar com a Sorte. A operação consiste na avaliação, pelos funcionários, dos riscos envolvidos em seu trabalho, e no cumprimento de todos os procedimentos de segurança. O sindicato sugere que, se houver dúvida quanto ao risco da atividade, o empregado não deve trabalhar. Gabrielli disse que a manifestação é legítima.

Plataformas à operação de segurança
Também nesta segunda, funcionários de 10 plataformas da Petrobras na Bacia de Campos aderiram à Operação Chega de Contar com a Sorte, do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF). Desde a zero hora de hoje (16), os trabalhadores estão realizando todos os procedimentos operacionais e de segurança, antes de qualquer atividade na empresa. Ao todo, a Petrobras tem 45 plataformas instaladas na Bacia de Campos.

Além das plataformas, o Terminal de Cabiúnas, que recebe óleo e gás das plataformas da Bacia de Campos, também aderiu à mobilização.

O diretor de Comunicação do Sindipetro do Norte Fluminense, Marcos Breda, admitiu que a produção das unidades pode ser afetada pelos procedimentos de segurança, mas recomendou que os trabalhadores priorizem a própria segurança.
- Uma das nossas exigências é que se faça um planejamento da execução do trabalho e que se tenha uma análise detalhada dos riscos. Nosso objetivo é que os petroleiros pensem primeiro na própria segurança, antes de realizar os seus trabalhos - afirma.

A mobilização relembra ainda os 26 anos do acidente na plataforma de Enchova, na Bacia de Campos, quando 37 petroleiros morreram.

Estatal registra lucro de R$ 8,295 bi no segundo trimestre
A Petrobras apresentou lucro líquido de R$ 8,295 bilhões no segundo trimestre de 2010, um crescimento de 1,65% em relação aos R$ 8,160 bilhões apurados em igual intervalo de 2009. Nesse período, a geração de caixa medida pelo Ebitda totalizou R$ 15,927 bilhões, queda de 9,5%. A receita líquida da estatal somou R$ 53,631 bilhões, um crescimento de 20,2%, impulsionado pelo preço do barril mais elevado no período.

A estatal também reportou crescimento de 11% no lucro líquido do primeiro semestre de 2010 ante igual período de 2009, de R$ 14,451 bilhões para R$ 16,021 bilhões. Nesse período, a geração de caixa medida pelo Ebitda ficou estável, em R$ 31,003 bilhões. A receita líquida somou R$ 104,043 bilhões, aumento de 19%.

A alavancagem líquida da Petrobras, relação entre o endividamento líquido e o patrimônio líquido, encerrou o segundo trimestre de 2010 em 34%. O resultado representa um aumento de 2 pontos porcentuais em relação ao patamar de 32% apurado no primeiro trimestre.

A meta da Petrobras, conforme divulgado anteriormente pela direção da companhia, é manter o indicador entre 25% e 35%, patamar máximo exigido por agências de classificação de risco para companhias que possuem o grau de investimento, caso da estatal.

A despeito do crescimento no índice de alavancagem, a Petrobras encerrou o segundo trimestre com investimento total de R$ 20,348 bilhões. O montante representa uma elevação de 12,3% em relação ao mesmo período de 2009, quando o investimento totalizou R$ 18,120 bilhões.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, disse que há uma tendência natural de aceleração de investimentos ao longo dos trimestres e disse que a alavancagem de 34% atingida no segundo trimestre é também "natural".

O executivo afirmou que há um processo de concentração de esforços no segundo e terceiro trimestres, que acabam gerando mais investimentos.
- A intenção da empresa é cumprir seu orçamento. Já estivemos com uma alavancagem abaixo dos 25%. Agora estamos dentro da faixa e com a operação planejada de capitalização para breve. Com a capitalização este índice vai se adequar e vamos ganhar mais fôlego para continuar a investir - disse.

Indagado sobre esta proximidade do limite da alavancagem e o risco que isso representaria com relação às agências de ratings, Barbassa disse que estava "absolutamente confortável", porque as agências compreendem o momento em que a Petrobras se encontra.

- Estávamos no início do ano com um caixa de R$ 29 bilhões, que caiu para R$ 24 bilhões no final do primeiro trimestre. Estamos financiando o investimento com captação. É natural que a dívida líquida cresça - disse, destacando que "o importante é que os investidores continuem apostando na empresa".

Ele ressaltou que o limite de 35% na alavancagem é uma prática de governança da Petrobras e não uma obrigatoriedade.

Fonte: agências Brasil e Estado



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