BRASÍLIA - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, voltou a defender a figura de operadora única que a estatal deve assumir na exploração de petróleo na camada pré-sal. O executivo deu as declarações momentos antes do início da cerimônia de sanção da lei que institui o regime de partilha de produção em grandes reservas.
Gabrielli afirmou que a Petrobras é a empresa que mais conhece as bacias onde estão localizadas as reservas do pré-sal e a modalidade de exploração em águas profundas. Ele ainda ressaltou que a estatal opera no mundo, atualmente, 26% da produção mundial em águas profundas e detém três vezes mais sistemas em produção que a segunda maior companhia desse segmento.
“Portanto, o fato de a Petrobras ser operadora única é uma garantia de qualidade, eficiência e viabilização da expansão da política de conteúdo nacional para o conjunto de fornecedores do setor”, concluiu Gabrielli.
Ao ser questionado se Petrobras teria condições de produzir em diversos campos simultaneamente, como operadora única, o presidente da estatal lembrou que a empresa já é a principal operadora do Brasil e já trabalha em centenas de áreas de produção ao mesmo tempo. Além disso, ele acredita que o governo irá licitar aos poucos os poços exploratórios do pré-sal.
Gabrielli não quis comentar sobre a polêmica sobre a distribuição dos royalties do petróleo entre estados e municípios. O executivo apenas se ateve à declaração de que a companhia vai pagar de qualquer jeito, independentemente dos percentuais definidos para distribuição dos recursos.
Além do presidente da Petrobras, também participam da cerimônia o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o atual ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), que assumirá a pasta no próximo governo, e representantes do setor, como o presidente do IBP, João Carlos de Luca.
Fonte: Valor Econômico/Rafael Bitencourt
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