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Governistas apontam as vantagens da obra

JULIANA VASQUEZ
Os defensores da construção do estaleiro no Titanzinho, agora acrescentaram outros ingredientes favoráveis
Os deputados que participaram da visita ao Estaleiro Atlântico Sul, no município de Ipojuca, em Pernambuco, na segunda-feira, voltaram mais convencidos de que o estaleiro do Ceará pode ser construído na Praia do Titanzinho, em Fortaleza.
De acordo com os deputados, o empreendimento não gera nenhum tipo de poluição e cerca de 80% da mão de obra utilizada é local. A intenção agora é levar um grupo de moradores do Serviluz para conhecer o estaleiro do vizinho Estado.
O líder do Governo na Assembleia, deputado Nelson Martins (PT), diz que todos têm consciência de que o estaleiro de Pernambuco não fica localizado dentro de uma área urbana, como é o caso do estaleiro que pretende se construir em Fortaleza, contudo o parlamentar deixa claro que há 26 comunidades no entorno do equipamento em Pernambuco.
Segundo Nelson Martins, antes do empreendimento se instalar, as comunidades foram ouvidas e participaram do processo da ida do equipamento para aquele local. Atualmente, pondera o parlamentar, dos 3.700 empregados do Estaleiro Atlântico Sul, 80% são moradores dessas comunidades.
A empresa que ganhou a licitação para a construção do estaleiro no Ceará, também é responsável pelo de Pernambuco, de acordo com Nelson Martins, proporcionou capacitação para os moradores dessas comunidades para que pudessem ser absorvidos como mão-de-obra.
De acordo com o deputado Ely Aguiar (PSDC), o estaleiro de Pernambuco também sofreu rejeição por parte dos moradores que iriam receber o equipamento na sua localidade, contudo a empresa responsável pelo equipamento reuniu os moradores e líderes comunitários e reverteu esse quadro.
Profissionais
"Aquela área vivia numa faixa de pobreza absoluta. Com a implantação do estaleiro a situação dessas pessoas melhorou e melhorou muito. Cortadores de cana, catadores de caranguejo, pescadores, hoje são profissionais qualificados", pontuou.
Para o parlamentar, Fortaleza não pode perder um empreendimento que trará emprego, qualificação profissional e crescimento econômico para o Estado. "Foi uma grande visita onde a gente pôde ver que a população desamparada não esta mais ao léu. O Titanzinho nunca recebeu a devida atenção por parte das nossas autoridades", ponderou.
O deputado Tomaz Holanda (PMN), que também participou da visita, disse que se convenceu da importância do empreendimento. Ele afirma ter ouvido vários depoimentos de trabalhadores que antes estavam na informalidade e que são qualificados e ganham um salário que dá para sustentar a família.
O deputado Artur Bruno (PT), contrário à instalação do empreendimento no Titanzinho, disse que não foi a visita porque tinha vários compromisso na segunda-feira, incluindo uma audiência pública requerida por ele, mas deixou claro que não é contra a vinda do estaleiro, apenas não concorda que ele seja construído no Serviluz.
"A questão que se debate é que se é interessante para o Serviluz e para Fortaleza que um estaleiro daquele porte venha para a Praia do Titanzinho. Vi os mapas e onde estão propondo a construção do estaleiro é uma área de proteção ambiental. Vai ter que mudar a legislação para construir o estaleiro ali", argumentou.
CÂMARA MUNICIPAL
Salmito reforça defesa da construção
O presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho (PT), um dos que visitaram o Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, na última segunda-feira, como mostrou o Diário do Nordeste na edição desta terça-feira, fez ontem um relato da viagem para os demais vereadores.
Defensor da construção do estaleiro na praia do Titanzinho, Salmito admitiu que foi ele mesmo quem organizou os dados acerca da visita. O petista passou mais de 30 minutos na tribuna citando os benefícios que, segundo ele, foram constados durante a viagem.
Salmito garantiu que 100% da mão-de-obra para área operacional do estaleiro de Ipojuca saiu das comunidades próximas ao empreendimento, citou os programas de qualificação profissional que a empresa disponibilizou para os funcionários antes de contratá-los e assegurou que a indústria cumpre todas as exigências previstas na legislação ambiental.
O petista afirmou que o único problema que o estaleiro Atlântico Sul ainda não conseguiu resolver é a entrada de peixes, que acabam morrendo, durante a abertura de diques para a liberação dos navios construídos, mas disse que a empresa já trabalha para solucionar a questão.
Embora reconheça que a realidade do Titanzinho é diferente porque Ipojuca não é área urbana, Salmito defende a construção do estaleiro e garante que a comunidade do Serviluz vai ser beneficiada com as políticas a serem desenvolvidas pela empresa na área. "Então, podemos dizer que só trouxemos notícias boas, mas acredito que precisamos continuar o debate", disse ele referindo-se à viagem.
Depois de criticar os impactos ambientais que o estaleiro deve trazer ao Estado, Acrísio reclamou do empenho de "alguns colegas petistas defendendo de forma tão radical um empreendimento privado".
O vereador Roberto Mesquita (PV), que também é contra a construção do estaleiro no Titanzinho, garantiu que ele não é a única saída para beneficiar a comunidade do local. Para o vereador Vitor Valim (PHS), a discussão em torno da construção do estaleiro deve ser técnica e não política. "Sou a favor de procurar o campo técnico para que a sociedade tenha informações", disse. (fonte: Diário do Nordeste)



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