O governo oficializou sua intenção de realizar a 11ª rodada de licitação para a concessão de áreas de petróleo e gás natural publicando no "Diário Oficial" de sexta (11) os 172 blocos que irão a leilão, previsto para maio.
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A publicação era necessária para que a ANP (Agência Nacional do Petróleo) pudesse contar o prazo de 120 dias para organizar o leilão.
Depois de um jejum de cinco anos -o leilão mais recente aconteceu em 2008-, a indústria já analisa as áreas que serão vendidas. Uma delas é a empresa Barra Energia, fundada por ex-funcionários da Petrobras e da Repsol.
Como surgiu após o último leilão, comprou participações em blocos de outras empresas. Tem participação de 20% em área da Shell no pré-sal de Santos e é sócia da OGX com 30% em outro bloco na bacia. "É um excelente começo. Vamos participar, com certeza", afirmou o presidente da Barra Energia, Renato Bertani.
O interesse de Bertani concentra-se nas áreas localizadas em bacias da margem equatorial (Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Ceará e Barreirinhas, na divisa entre Maranhão e Piauí), que estão próximas de uma descoberta na Guiana Francesa.
"Vamos olhar essa área com mais atenção, porque é pouquíssimo explorada no Brasil, principalmente em áreas profundas", disse o executivo, que já costura parcerias para o leilão.
A Petrobras também deve buscar mais parcerias, por causa do caixa baixo da companhia, avaliou o ex-diretor de Exploração e Produção da estatal Wagner Freire
Ele considerou as áreas ofertadas com grande potencial, mas não espera que haja grande interesse.
"O governo manteve o mesmo esquema de conteúdo local da décima rodada e isso não está agradando muito à indústria. Vai ter interesse, as áreas têm potencial, mas não vai ser isso tudo que estão pintando, não", avaliou.
Fonte: Folha de São Paulo/DENISE LUNA DO RIO
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