A produção de petróleo da Petrobras na Bacia de Campos caiu 2,5 por cento em fevereiro na comparação com janeiro, para 1,112 milhão de barris por dia (bpd), o menor nível desde dezembro de 2002, mostraram dados divulgados pela petroleira ao mercado.
A Bacia de Campos, que abrange áreas no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, vem apresentando declínio constante devido à grande quantidade de ativos já maduros, mesmo com a presença na região de áreas em operação do pré-sal.
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A região, principal dentre as já exploradas na costa brasileira para a produção de petróleo, teve os primeiros campos com volume comercial descobertos em 1974. Ali também foi descoberto o primeiro campo gigante em águas profundas do país, o de Albacora, em 1984.
A Petrobras disse na noite de terça-feira, em comunicado, que sua produção de petróleo no Brasil caiu 1 por cento ante o mês anterior, na segunda queda mensal consecutiva, para 2,08 milhões bpd. Em janeiro, a produção foi 2,104 milhão de bpd.
A empresa afirmou, sem apresentar detalhes, que a queda foi impulsionada por ocorrências operacionais nas plataformas P-18 e P-20, que operam no campo de Marlim, na Bacia de Campos, e no FPSO Cidade de Angra dos Reis, localizado no campo de Lula, o maior produtor do país, no pré-sal da Bacia de Santos.
Mas o Goldman Sachs, em relatório a clientes, ressaltou o papel do declínio natural da Bacia de Campos no resultado da produção.
"Nós temos uma avaliação negativa dos números da produção de fevereiro da Petrobras, já que a queda de 20,1 mil bpd ante o mês anterior na produção reflete principalmente os altos níveis de esgotamento na Bacia de Campos", disse o relatório.
Apesar do recuo na produtividade de campos maduros na Bacia de Campos, o Goldman projeta um aumento da produção de petróleo da Petrobras no Brasil em 2018 de 2,6 por cento ante 2017, para 2,231 milhões de bpd, refletindo a entrada de novas plataformas em operação.
Fonte: Extra