RIO DE JANEIRO - No próximo sábado (16), com a presença da presidente Dilma Rousseff, se iniciará no porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, a construção dos submarinos convencionais (S-BR) da classe Scorpène, de tecnologia francesa, no Brasil. A iniciativa faz parte do Acordo Estratégico Brasil-França que originou o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha do Brasil.
A cerimônia está prevista para começar às 11h, na sede da Nuclebrás Equipamentos Pesados (NUCLEP). A fabricação dos S-BR, como são chamados os quatro submarinos convencionais incluídos no PROSUB, representa o primeiro passo para a construção do submarino com propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) – marco maior do programa, firmado entre o Brasil e a França, no fim de 2008.
O submarino movido a energia nuclear é desenvolvido com tecnologia altamente sensível, dominada por um seleto grupo de países. Atualmente, apenas China, Estados Unidos da América, França, Inglaterra e Rússia detêm esse domínio tecnológico. Com a construção, o Brasil passará a integrar essa lista, já que o SN-BR terá reator nuclear e propulsão desenvolvidos pelo próprio país.
Considerado um dos mais complexos meios navais já idealizados pelo homem, o submarino com propulsão nuclear tem vantagens táticas e estratégicas significativas. Com enorme autonomia, pode desenvolver velocidades elevadas por longos períodos de navegação, aumentando sua mobilidade e permitindo a patrulha de áreas mais amplas no oceano.
O modelo é considerado também extremamente seguro e de difícil detecção. arte dos equipamentos desenvolvidos para os quatro submarinos convencionais, de propulsão diesel-elétrica, poderá ser aproveitada no submarino de propulsão nuclear brasileiro, que será fabricado com os mesmos métodos, técnicas e processos de construção desenvolvidos junto aos franceses.
Fonte: O Repórter
PUBLICIDADE