Ex-executivo das empresas MMX, OGX e OSX alega que esse foi o acordo firmado em 2006; Eike diz não dever nada a Landim
DO RIO - Rodolfo Landim, ex-presidente das empresas MMX (mineração), OGX (petróleo) e OSX (construção naval), de Eike Batista, entrou com ação judicial contra o empresário exigindo 1% de participação na holding EBX.
De acordo com Sérgio Tostes, advogado de Landim, o empresário se comprometera, em proposta de sociedade feita em dezembro de 2006, a dar ao executivo essa participação no grupo desde que Landim alavancasse os negócios da empresa.
Tostes argumenta que, quando o trabalho de Landim começou, "a fortuna do senhor Eike Batista era de US$ 300 milhões. Agora passou para US$ 27 bilhões".
Na ação, que deu entrada anteontem, no Rio, Tostes alega que houve dissolução da sociedade. Pede, ainda, indenização por danos materiais.
Tostes disse que a promessa de 1% de participação na holding feita a Landim, colunista da Folha, foi firmada em carta manuscrita por Eike, registrada em cartório.
Antes de trabalhar para Eike, Landim foi presidente da BR Distribuidora e ocupou diversos cargos na Petrobras, entre eles, diretor de exploração e produção.
Em abril deste ano, Landim deixou de atuar no grupo EBX por "decisão unilateral de Eike", segundo Tostes.
OUTRO LADO
O advogado de Eike, Sérgio Bermudes, afirma que não conhece o conteúdo da ação judicial e que, por isso, não pode se manifestar.
Por meio de sua assessoria, o empresário disse que "nada deve ao executivo Rodolfo Landim, já que todos os acordos foram integralmente cumpridos, como é praxe nas empresas do grupo".
A relação de Eike com seu ex-braço direito começou a se desgastar em dezembro, em razão de divergências entre os dois, segundo o advogado de Landim.
Logo depois, o empresário anunciou que Landim recebera R$ 165 milhões ao longo dos quatro anos no grupo. A declaração acirrou a relação entre os dois. O advogado de Landim não confirma o recebimento desse valor.
Fonte: Folha de S.Paulo/VERENA FORNETTI
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