Ainda ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff utilizava o exemplo da modernização da frota de navios brasileiros como ilustração para sustentar a tese de que o governo Fernando Henrique Cardoso teria paralisado investimentos no País. Com a descoberta de reservas de petróleo na camada pré-sal, ampliou a defesa do fortalecimento da marinha brasileira para proteger o que classifica como "patrimônio de todos os brasileiros".
Agora, ainda que a cerca de dois meses do prazo de início formal da campanha eleitoral, a pré-candidata petista à presidência da República deve viajar a Recife na próxima quinta-feira para participar, ao lado do presidente Lula, seu mentor eleitoral, do lançamento ao mar na sexta-feira do navio João Cândido, do tipo Suezmax 1, da estatal Transpetro.
Em um Estado onde as pesquisas eleitorais apontam liderança com folga do candidato governista à reeleição, Eduardo Campos (PSB), Dilma participará de uma espécie de "batismo" da embarcação, a primeira entregue ao sistema Petrobras em mais de uma década.
Em cerimônias como essa, tradicionalmente a madrinha do navio quebra uma garrafa de champanhe no costado para dar sorte. Diante da judicialização da pré-campanha eleitoral e do risco de novas ações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, não está definido se a ex-ministra deverá ocupar esse papel no lançamento da embarcação ao mar.
O Suezmax 1, que recebeu o nome de João Cândido, líder da Revolta da Chibata, é o primeiro dos petroleiros encomendados pela Transpetro a ficar pronto. Ele integra o Programa de Modernização da Frota (Promef) no estaleiro Atlântico Sul.

Fonte: Terra Brasil

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