Arquitetos projetam até marcações com laser em embarcações; fabricantes e fornecedores anunciam investimentos
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Marcações com laser, diversificação de cores, design mais moderno e padrões cada vez mais rígidos de segurança são algumas das principais apostas de arquitetos de estaleiros, em 2012, para o mobiliário de embarcações encomendadas por armadores.
Entre fabricantes, fornecedores e prestadores de serviços do segmento de acomodações para navios e plataformas, o novo ano será marcado por investimentos em software, maquinário, tecnologia, treinamento e ampliação do quadro de pessoal. O setor se prepara para acompanhar o ritmo acelerado da construção naval e offshore e vislumbra um crescimento entre 20% e 50% nos próximos 12 meses.
A estreia do laser nos navios da Companhia Brasileira de Offshore (CBO) será no CBO Flamengo, que o estaleiro Aliança, localizado em Niterói, entregará no mês de maio. A logomarca da companhia estará nas portas da embarcação, conta a arquiteta Mônica Soares da Costa, líder de Disciplina de Acomodações do Aliança. “O MDF (material usado no mobiliário da CBO) permite fazer marcações a laser onde se queira. Para o futuro, estamos pensando em colocar imagens de barco em nossos navios“, revela a arquiteta.
Outra inovação que chegará com o CBO Flamengo será a instalação de painéis de vidro entre a sala de estar e o corredor. O objetivo, diz Mônica, é dar a impressão de amplitude. Mais uma novidade, ainda para a sala de estar, será o uso de painel de luz de LED atrás da TV de 42 polegadas.
No CBO Pacífico, que ficará pronto em fevereiro, a Aliança deixará de lado o básico marfim, com detalhes nas cores da companhia (laranja e azul). "Vamos usar o macchiato, uma espécie de chocolate com leite. Estamos experimentando novas cores", explica a arquiteta.
Nos projetos de mobiliário para a CBO, Mônica opta pelo MDF, por considerar que o material tem vantagens em relação ao compensado naval. O preço, segundo ela, é uma delas. “Ao compararmos dois orçamentos, o de MDF sai pela metade do preço. O custo para mobiliar um PSV, com capacidade para carregar três mil toneladas, é de R$ 250 mil se usarmos MDF”S, exemplifica. Ela destaca ainda que, por ser mais leve, o MDF é bom para plataformas e navios, e “vem também com encaixes pré-fabricados, sendo mais fácil de montar”. Sem falar, diz ela, que o material tem o selo de ecologicamente correto. E ainda que ele dá uma cara mais moderna à embarcação: “No MDF consigo modernidade no design, ou seja, brincar com cores, padrões e detalhes”, argumenta.
No entanto, na avaliação da arquiteta do Aliança, há o que aperfeiçoar. Apesar de a resistência do MDF ter melhorado, ela afirma que, nesse item, o material precisa evoluir. Mônica estima entre 15 e 20 anos a durabilidade do mobiliário em madeira maciça, enquanto uma peça fabricada em MDF após cinco ou seis anos de uso começa a necessitar de reforma, que oscila entre R$ 15 mil e R$ 30 mil. “O MDF é formado por várias lâminas de madeira prensadas. O ar e a umidade entram nessas camadas, e as lâminas estufam”, explica a arquiteta. Mônica também gostaria de encontrar no mercado brasileiro uma maior diversidade de material de acabamento. “Às vezes, temos que importar dobradiças e puxadores e entregá-los aos fabricantes, para que coloquem nos nossos móveis”, diz ela.
Em 2011, o Aliança entregou dois navios: o CBO Atlântico e o CBO Renata. Em 2012, além do CBO Pacífico e do CBO Flamengo, o estaleiro planeja concluir um terceiro apoiador: o CBO Copacabana.
Já a arquiteta e urbanista Lúcia Helena Ribeiro, do Setor de Projeto do Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), responsável pela superestrutura de obras da Transpetro, da Log-In e da PDVSA, diz que, ao projetar o mobiliário de um navio leva em conta questões de segurança, vida útil, ergonomia (conforto) e estética, atendendo a todas as normativas internacionais. Por isso, acrescenta ela, só contrata empresas que forneçam certificação dos seus materiais, entre eles o ISO 14.000 (relativo a meio ambiente).
Entre o MDF e o compensado naval, Lúcia Helena prefere o segundo material, até pelo aspecto da segurança em um ambiente marítimo. “Trata-se de um compensado multilaminado, só que com o diferencial da cola e da secagem das lâminas, que agrega ao produto um grau de umidade muito menor do que o compensado comum e o MDF. As lâminas são coladas entre si com resina fenólica WBP, certificação ISO 9001 (estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade), 100% à prova dágua, revestidas em ambas as faces com laminado plástico (fórmica) e com baixa propagação de fogo“, explica Lúcia Helena.
No caso dos metais usados no mobiliário, acrescenta a arquiteta do Eisa, devido ao ambiente marinho é necessário utilizar materiais que não sofram corrosão, mesmo que sejam mais caros. “Com isso, teremos uma maior garantia no que se refere à durabilidade e, consequentemente, um menor custo”, ressalta.
Quanto ao design, afirma Lúcia Helena, o mobiliário precisa proporcionar privacidade e conforto aos tripulantes, dentro de pequenos compartimentos, onde é necessário aproveitar todos os espaços. “No caso dos beliches, por exemplo, cada leito tem de possuir luz e cortina individualizadas, a fim de garantir privacidade, seja para dormir, seja para leitura”, diz ela. Para assegurar conforto, a cabeceira deve ser posicionada para a proa e os pés para a popa: “Dessa forma, garantimos que a posição do corpo humano, deitado, estará sempre com a cabeça mais alta que os pés. Essa condição é alcançada pela situação da embarcação durante a viagem, em que a proa é mais elevada que a popa”, diz.
Outro item que a arquiteta do Eisa avalia como de extrema importância é a fixação do mobiliário, “toda feita pelo piso e pelo anteparo”. No que se refere ao posicionamento dos móveis, afirma que é fundamental “evitar deixar pequenos cantos nos quais possa ocorrer acúmulo de sujeira, de modo a atender às determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e facilitar a manutenção”.
Lúcia Helena enfatiza a importância do trabalho do arquiteto para projetar a superestrutura de embarcações. “As pessoas que não possuem conhecimento falam que o trabalho do arquiteto é só escolher as cores da cortina e o modelo de móveis. Ele não só pode, como deve, orientar em determinados pontos na parte de estética, mas é essencial que tenha conhecimento de todas as normativas para a execução de um bom projeto”, destaca. A técnica ressalta que o mercado nacional oferece produtos de qualidade, mas enfatiza que a empresa que contrata deve fabricar o mobiliário atendendo a todos os itens de seu projeto.
Segundo Renato Cacciola, diretor da Lacca S.A. Indústria e Comércio de Móveis, 2011 foi um bom ano para as vendas de mobiliário para o setor naval. Com 12 embarcações mobiliadas, no ano passado, pela Lacca Marine, empresa do grupo que atende ao segmento naval e offshore, o incremento foi de 20% em relação a 2010. Um resultado que, de acordo com Cacciola, estava dentro das expectativas. “Atendemos a contento e conseguimos clientes novos. A Navalshore de 2011 (Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore) trouxe ótimos resultados. Por efeito da própria feira, esperamos crescer, em 2012, mais do que os 20% do ano passado“, estima Cacciola. Com o objetivo de atender às embarcações que ficarão prontas este ano, o diretor da Lacca conta que a empresa está se preparando com equipamentos, materiais e soluções novas. Também para melhorar as condições internas da fábrica, a Lacca adquiriu, no fim do ano passado, um novo sistema de exaustão: são três exaustores, para recolher o pó da melhor maneira possível.
Entre os clientes da Lacca Marine estão os estaleiros STX e Aliança, a Marinha e a Transpetro. A empresa está situada no bairro de Paciência, perto de grandes estaleiros do estado do Rio de Janeiro, o que permite agilidade e eficiência no atendimento. Mas é preciso ir onde o cliente está. Uma das maiores reformas que a Lacca fez, no ano passado, aconteceu no navio Rodeio, da Petrobrás, em que a montagem do mobiliário foi realizada com a embarcação em movimento. “Não dava para parar o navio. Fomos de Natal até Manaus montando o mobiliário, em parceria com a Dânica“, conta o diretor.
A Lacca Marine possui linhas de móveis em MDF e compensado, revestidos em melanina ou fórmica, com perfis em PVC ou madeira maciça. “Em vez de moldura de madeira maciça, sugerimos ao cliente o uso do PVC. Com isso, poupamos o meio ambiente. Menos árvores são destruídas, e o material é de mais fácil manutenção e mais resistente”, explica Cacciola. A empresa oferece ainda a linha Alu-Design, de padrão norueguês, que inclui perfis de alumínio em seus acabamentos, sob licença da Maritime Mobler. O diretor da Lacca, no entanto, garante que a empresa está pronta para atender aos clientes. “Queremos fabricar o que eles precisam. Fazemos atendimento à la carte, sob encomenda, na cor, no material e no formato que os clientes querem“.
O gerente de vendas da América Latina e o coordenador de vendas da Dânica Norac Sistemas de Construção Interior Naval, Rodrigo Epíscopo e Luís Felipe Savoy, respectivamente, estão convencidos de que o setor naval vai continuar com um crescimento agressivo. Por isso, acreditam num incremento, em 2012, de 40% nas vendas da Divisão Naval e Offshore da empresa, bem superior aos 12% da Dânica como um todo, que atua em sete outras áreas (câmaras frigoríficas industriais; supermercados e câmaras frigoríficas comerciais; salas limpas; construção civil industrial; construção civil residencial; construção civil varejo e imobiliário).
Diante da perspectiva de bons negócios, a Divisão Naval e Offshore da Dânica reformulou a sua área comercial, traçando novas estratégias para atingir o crescimento anual planejado. Ainda visando a esse incremento, todos os processos internos foram automatizados, tendo diminuído o tempo de espera para orçamentos. Foram investidos cerca de R$ 800 mil em softwares de gerenciamento, para que a empresa consiga atender com qualidade a média de 200 projetos em paralelo. Nos planos da divisão está ainda a ampliação dos seus parques fabris, conforme o aumento da demanda. A Dânica Norac adquiriu também um lote de máquinas italianas, no valor de três milhões de euros, que deve chegar este mês no Brasil.
De olho no cliente, Luís Felipe assegura que os fornecedores de móveis da Dânica Norac “têm a possibilidade de atender a solicitações dos mais diferentes tipos, cores e padrões de móveis, conforme a necessidade do cliente”. Segundo ele, o nível de exigência quanto à segurança vem aumentando consideravelmente e por isso “os projetos dos móveis estão em constante evolução nesse quesito”. A divisão trabalha em dois segmentos: turn key (fornecimento completo, projeto e montagem) e materiais (fornecimento e projeto, sendo a montagem feita pelo próprio cliente). Os principais produtos que vende, com conteúdo nacional entre 91% e 97%, são anteparas, tetos, unidades de banheiro, portas internas, portas de inspeção, escotilhas de inspeção, mobiliário, piso flutuante, isolamento, forração e acessórios de montagem.
Na avaliação de Luís Felipe, no ano passado o setor foi bem, em função do aumento do volume de projetos para suprir às necessidades da Petrobras e de outros grandes armadores. “O segmento mobiliário acompanhou proporcionalmente esse crescimento de frota, de cinco para dez embarcações de grande porte vendidas, de 2010 para 2011”, explica Luís Felipe.
O lançamento de uma linha totalmente nova de mobiliário naval está nos objetivos estratégicos para 2012 da Palmetal, especializada na fabricação de móveis em aço inoxidável. “Serão móveis que vão aliar o design contemporâneo com tecnologia e materiais resistentes. Além disso, eles vão possuir reforços contra pesos e construção contra vibração”, informa a analista de marketing da empresa, Priscila Miguelete. A Palmetal planeja ainda investir bastante em vendas e treinamento. A expectativa da empresa, acrescenta Priscila, é de aumentar em 20% o quadro de pessoal este ano, principalmente nas área de vendas, produção e Tecnologia da Informação (TI).
O faturamento da Palmetal cresceu 20% em 2011, em relação a 2010. Armários industriais, escadas e lavatórios foram os produtos mais vendidos para o setor naval e offshore. Os seus principais compradores foram os estaleiros Atlântico Sul, Aliança, Mauá, STX, Eisa e Brasfels. O setor naval representa 15% do faturamento da Palmetal, que também atua nos segmentos de construção civil, hospitais e clínicas, hotéis e pousadas, indústrias e laboratórios, e lojas e restaurantes. Segundo Priscila, na produção de seu mobiliário a Palmetal prioriza, como parte de seu plano sustentável, a utilização de materiais que preservem o meio ambiente. “Por isso, a marca escolheu o aço inoxidável como matéria-prima.”
Com fábrica no bairro carioca de Parada de Lucas, a Palmetal acredita que as suas encomendas para o setor naval subam 50% em relação a 2011. Tamanho crescimento, de acordo com Priscila, é consequência “de o STX voltar a comprar no mercado nacional, da aceleração das obras no EAS (Estaleiro Atlântico Sul), da estabilização do Estaleiro Mauá e da construção do Promar (no Complexo Portuário de Suape)".
A Deconav é outra empresa que entra em 2012 com novidades em tecnologia e equipamentos para atender melhor ao mercado. Segundo o diretor Eduardo Tavares, a companhia está em fase de implantação e treinamento de um software italiano 3cad. "Esse programa nos dará uma maior eficiência na elaboração de projetos de mobiliário, devido ao cadastro dos materiais e acessórios de sua biblioteca. Após o projeto concluído, o programa gera uma lista com todos os itens e as respectivas quantidades utilizadas, o que possibilita apurar o custo. Além disso, é gerado um plano mostrando o melhor aproveitamento do compensado ou do MDF, que é, depois, enviado para o corte das chapas na seccionadora", explica Eduardo. De equipamentos, a empresa recebeu, no fim do ano passado, uma seccionadora, de tecnologia alemã, que permite a impressão de etiquetas, e um moderno sistema de ar comprimido para a fábrica.
O setor naval representa 80% do faturamento da Deconav e o residencial, 20%. Eisa, STX-OSV, Mauá, Atlântico Sul, Brasfels e Petrobras estão entre os seus principais clientes. Em 2011, a empresa vendeu 20% a mais do que no ano anterior, e a expectativa de Eduardo é de que em 2012 as vendas cresçam 25%. Diante das boas perspectivas, o diretor da Deconav já fala num aumento de seu pessoal em 18% este ano. Ele destaca ainda a preocupação da empresa com o meio ambiente: “A Deconav é cadastrada nos órgãos ambientais, Ibama e Inea, e os materiais utilizados, quando necessário, têm sempre a certificação ambiental”.
Também otimista com o crescimento das vendas, a Hemir - Laboriau Comércio e Serviços Ltda., que trabalha com montagem de acomodações em embarcações, está ampliando as suas instalações em Niterói. Mais que isso: segundo o diretor Bruno Laboriau, a empresa tem área no Rio Grande, no polo industrial do governo do estado do Rio Grande do Sul, onde planeja construir galpões e escritório ainda em 2012. Bruno aguarda a aprovação do projeto e, por razões estratégicas, não pode divulgar o valor do investimento. A empresa possui outra área em Itaboraí (RJ), visando ao Comperj, mas aguarda pelo sinal verde da prefeitura para aproveitá-la.
O ano de 2011 foi bom para a Hemir. Segundo seu diretor, o faturamento aumentou cerca de 30% em relação ao ano anterior. Empresa genuinamente naval e offshore, os seus principais serviços são os de renovação de acomodações e o de isolamento térmico. Para 2012, Bruno espera que o faturamento cresça ainda mais que ano passado, em função do plano de negócios da empresa para este biênio.
Para o diretor de Operações e Negócios do Grupo Tecnolite, Edson Medeiros Ferreira, o aquecimento do setor naval promete excelente crescimento para as empresas fornecedoras, fabricantes e prestadoras de serviços. O mercado, diz ele, dispõe hoje de inúmeras grandes obras de construção naval, que se somam aos serviços de manutenção, tanto de rotina como gerados pela diretriz da Petrobras de intensificar a recuperação das suas antigas plataformas de petróleo. "Estamos nos preparando para um crescimento de aproximadamente 50% do faturamento no segmento de mobiliário para 2012, que poderá ser ainda maior devido ao grande número de consultas de empresas do exterior", estima o diretor.
Edson confirmou estudos do grupo com o objetivo de abrir uma nova fábrica, este ano, em Pernambuco, voltada tanto para mobiliário como para painéis, anteparas, divisórias, portas, escotilhas e demais produtos Tecnolite-navipeças. Para outros polos navais brasileiros, o grupo dará continuidade à implantação de seu “Plano Comercial Ativo”, iniciado em dezembro de 2010, com a contratação de representantes para os estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Pernambuco. A intenção é de atender a todo o território nacional até julho, e a toda a América Latina até o fim do ano. Após o aquecimento das atividades comerciais nesses polos, o grupo estudará a possibilidade de construir mais uma fábrica.
Num ano cheio de expectativas, a Tecnolite pretende intensificar seu projeto de constante reciclagem, qualificando antigos e novos funcionários para o mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Além do treinamento de seu pessoal, a modernização de sua fábrica em Atibaia (São Paulo), que já vem acontecendo ao longo dos últimos anos, terá uma atenção especial em 2012, porque a empresa quer promover uma readequação no processo hoje utilizado. “Isso nos obrigará a substituir aproximadamente 30% do maquinário existente, buscando um significativo aumento da produção, sem perda de qualidade”, explica Edson.
Em relação a contratações, as perspectivas também são boas. No ano passado, o Grupo Tecnolite ampliou seu quadro de empregados em 110%. Esse número deve crescer bem mais em 2012, segundo Edson, “pois os projetos que vêm sendo desenvolvidos nas áreas comercial, de engenharia e fabril estão agregando novos bons negócios, o que certamente permitirá abrir inúmeras vagas para os mais diversos cargos das nossas empresas”.
O Grupo Tecnolite é constituído de duas empresas, a Tecnolite Produtos Técnicos Ltda. e a Tecnolite Construções e Montagens Ltda., ambas atuando nos segmentos naval e industrial. Nos últimos três anos, o grupo tem tido um crescimento anual de 38% nas vendas. No início de dezembro, a expectativa da Tecnolite era de encerrar 2011 com um incremento de 37,5%.
Quanto a produtos voltados para navios e plataformas, Edson destaca que, para a criação de novas soluções para seus mobiliários, a Tecnolite elabora constantemente estudos de ergonomia. O conceito que o grupo segue é o de deixar os usuários o mais “próximos de casa”, oferecendo mobiliários de materiais, formas, texturas, cores e conforto similares aos encontrados em sua residência, com o diferencial de serem totalmente resistentes ao fogo, sejam em aço ou em madeira (compensado naval ou MDF). “Nossos mobiliários são desenhados para minimizar os riscos, com cantos arredondados, e a utilização de acessórios (puxadores e trincos) que não ficam salientes. Um bom projeto pode significar um melhor aproveitamento do material, a redução do peso final do móvel (em aço ou madeira) e ganho de produtividade na linha de montagem. Tudo resultando em menores custos para o cliente”, acrescenta o diretor.
A preocupação com o meio ambiente é mais uma marca da Tecnolite. Para o mobiliário de madeira (compensado naval ou MDF, ambos com tratamento para retardar o fogo), desde 2009 o grupo só adquire matéria-prima certificada pelo FSC Brasil (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal). Para aplicação de laminado decorativo, é utilizado adesivo à base de água, sem solventes. Softwares específicos calculam o melhor aproveitamento da matéria-prima para evitar o desperdício. No mobiliário de aço, o sistema de pintura utilizado tenta maximizar o uso de materiais e ferramentas que não impactem o meio ambiente, como insumos livres de gás halogênio. Outra medida é destinar à reciclagem toda a sobra de material de fabricação do mobiliário. “Praticamente não há perda de material", afirma Edson.