Navalshore 2024

Mais navios brasileiros

 

Foto: Guto Nunes

Petrobras pretende chegar em 2020 com até 90% das embarcações de apoio offshore construídas em estaleiros brasileiros

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Com 302 embarcações para apoio marítimo em operação, em sua maioria localizadas no Sudeste, a Petrobras pretende aumentar a frota em operação para até 500 navios entre 2017 e 2020. Os números foram divulgados pelo gerente geral da Unidade de Serviços

de Logística de E&P da Petrobras, Ricardo Albuquerque, ao participar da Navalshore 2011 – Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, no Rio de Janeiro. Entre eles estão AHTS, OSRV, LHs e PSVs. “Temos planos de construção de 146 embarcações de grande porte e mais 50 embarcações de menor porte para adicionarmos a nossa frota”, disse o executivo, sem revelar a quantidade para atender exclusivamente ao pré-sal.

 

De acordo com Albuquerque, a estatal tende a reduzir o número de navios de bandeira estrangeira ao longo dos anos. “No começo da década passada, praticamente não tínhamos embarcação brasileira na nossa frota, todas eram estrangeiras. Hoje cerca de 50% são de bandeira brasileira e em 2020 teremos de 87% a 90% de navios brasileiros”, afirma. O gerente destaca também que, pela legislação, a estatal precisa fazer contratos mais curtos com navios de bandeira estrangeira, o que não é interessante para a companhia. “À Petrobras interessa ter contrato de longo prazo, de pelo menos, oito anos”, diz.

Entre os portos para atendimento das embarcações que prestam serviço a Petrobras estão o terminal da Companhia Portuária Vila Velha (CPVV), a base de Macaé e os portos do Rio de Janeiro e Itajaí. A companhia planeja a implantação de três terminais até 2018. O terminal privativo de Ubu, no Espírito Santo, está em fase de conclusão do projeto básico de engenharia. Segundo Albuquerque, o empreendimento ainda depende de licença ambiental e de aprovações corporativas. A previsão é de que o porto inicie as operações em 2016. Em 2017, a companhia pretende inaugurar um porto no município de Guarujá, em São Paulo. Já para 2018 está previsto um terceiro porto no Rio de Janeiro. “Estamos estudando algumas regiões próximas a Itaguaí”, declarou.

Além da base portuária, a estatal também planeja a implantação nos dois municípios — Guarujá e Itaguaí — de dois aeroportos. Mas antes disso, já em 2014, a estatal deve iniciar as atividades do aeroporto de São Tomé, no Rio de Janeiro. Em fase de projeto básico de engenharia, a instalação terá capacidade para 750 mil passageiros por ano. Já operando em um terminal de Cabo Frio, capaz de atender anualmente a 120 mil pessoas, a estatal pretende dobrar a capacidade desta unidade.“Cabo frio está bem posicionado para atender à região do norte da Bacia de Campos e do sul da Bacia de Santos”, declara.

 

Transporte aéreo. A Petrobras tem contratados 94 helicópteros de médio e grande porte, que podem transportar até 12 e 18 passageiros, respectivamente. Deste montante, 74 aeronaves estão posicionadas no Sul e Sudeste e prestam serviço de transporte de passageiros para as plataformas. Atualmente são transportados de helicóptero 75 mil passageiros por mês entre o continente e as plataformas, chegando a cerca de 850 mil passageiros por ano. Mas, de acordo com Albuquerque, a meta da estatal é aumentar o transporte para 1,3 milhão por ano em 2016 e 1,4 milhão anualmente em 2020.

Há três anos, ressalta o executivo, aeronaves de médio porte dominavam a frota da estatal, mas este cenário vem sofrendo modificações. “A companhia contava com apenas duas aeronaves de grande porte em 2008. Vamos fechar 2011 talvez com 18 delas e, em 2020, teremos metade das aeronaves de grande porte”, prevê, ressaltando que, no final do período, a estatal deverá contar com uma frota com 120 helicópteros sob contrato. “Vamos aumentar bastante o número de assentos disponíveis, por conta destas aeronaves [de grande porte]. Já licitamos esse ano, mas ainda devem acontecer outras licitações também. Sempre tem contratos acabando e temos que renovar”, afirma.

 

‘Hub’ logístico. A operação de logística da Petrobras é totalmente dependente de helicópteros. Por isso, a estatal planeja a implantação de um hub logístico, que seria uma plataforma ou uma embarcação para apoiar a operação em uma posição mais remota no mar. A estatal tem em sua carteira tecnológica estudos para desenvolver lanchas rápidas para fazer o transporte de passageiros até o hub e, então, helicópteros levariam os empregados até as plataformas do pré-sal.

De acordo com Albuquerque, ainda não existe no mundo tecnologia disponível no nível de segurança e rapidez desejada para realizar o transbordo de passageiros para a plataforma. “Esse é o ponto crítico da questão que a Petrobras busca desenvolver com os fornecedores. Vamos transportar 1,4 milhão de passageiros em 2020, não podemos depender 100% de helicóptero, precisamos desenvolver uma alternativa”, diz Albuquerque. Ele destaca ainda que só a partir de testes para comprovar a eficácia do hub é que serão desenhadas as geometrias e a unidade. “Estamos dependendo de desenvolvimento tecnológico, estamos provocando o mercado com especificações mais rigorosas para que o mercado reaja”.

 

Rastreabilidade. Para diminuir a margem de erros na logística de longa distância, a companhia está implantando um sistema que permite rastrear a carga. “Quem estiver na plataforma, terá condições de seguir no monitor onde a carga está desde o armazém no porto”, explica o gerente. A tecnologia, acrescenta o executivo, que utilizará radiofrequência (RFID) para o rastreamento, é dominada no mundo em pequena escala. “Estimulamos o mercado para desenvolver e já identificamos como podemos fazer isso com uma tecnologia que garanta a rastreabilidade da carga em uma operação complexa como a nossa”, diz.

Atualmente a companhia realiza o rastreamento da carga fisicamente por funcionários da empresa. O novo sistema, diz Albuquerque, trará diversas vantagens. “Vamos poder ampliar o número de cargas que podemos rastrear, teremos uma precisão maior e poderemos rastrear continuamente todo o fluxo logístico”, lista. Segundo ele, a estatal ainda está desenhando a licitação, que deve ser realizada no início de 2012.

 



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