A Marinha do Brasil autorizou na manhã desta segunda-feira a Petrobras a retomar a operação da plataforma P-40, no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, após ter sido interditada por uma inspeção no último dia 9, informou a petroleira em nota à Reuters.
A plataforma passava por uma manutenção programada quando recebeu a inspeção de representantes da Marinha.
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"A Marinha havia determinado que as atividades de manutenção das instalações não fossem realizadas enquanto a plataforma operava", disse a empresa, destacando que cumpriu as recomendações da Marinha e, após nova vistoria, a plataforma foi liberada para o retorno das operações.
A Petrobras, entretanto, não detalhou os possíveis impactos à produção.
A P-40 produziu em dezembro média diária de 79,441 mil barris de petróleo e 1,180 milhão de metros cúbicos de gás natural, segundo os dados mais atuais publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O diretor de comunicação do Sindipetro Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Tezeu Bezerra, afirmou que a auditoria da Marinha ocorreu devido a denúncias feitas pelo sindicato, que se preocupa com a redução do efetivo, após programas recentes da empresa de demissão voluntária, que estariam afetando as condições de segurança.
Dentre as denúncias feitas pelo sindicato à Marinha estava o descarte de água oleosa no mar fora dos padrões, causando poluição. O sindicalista, que não teve acesso ao relatório da auditoria, destacou que interdições somente são feitas quando há real risco de acidentes.
"O baixo efetivo é realmente um problema gravíssimo, estamos vendo a hora de isso realmente causar um acidente mais grave, estão querendo reduzir ainda mais o efetivo, e isso tudo coloca a vida de todo mundo em risco", disse Bezerra à Reuters.
Na nota, a Petrobras afirmou que "reitera o seu compromisso com a segurança dos trabalhadores e a preservação do meio ambiente e de suas instalações".
Fonte: Reuters