Alguns analistas e até mesmo representantes de petroleiras dizem que o vazamento no Golfo do México e as suspensões de exploração em águas profundas no exterior podem criar uma série de oportunidades para o Brasil.
"O grande vencedor neste assunto é o presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] do Brasil", afirma Eric Smith, diretor da Tulane Energy Institute. "[Lula] acreditava que teria de esperar três anos para sua primeira plataforma de petróleo estar pronta, mas a partir de hoje ele pode adquirir 33 delas a um preço muito interessante."
Cerca de 50 mil plataformas de petróleo operam na costa americana, 700 delas em águas profundas.
Algumas petroleiras disseram que pretendem redirecionar seus investimentos. Para Jack Gerard, presidente do American Petroleum Institute, associação que representa cerca de 400 empresas do setor nos EUA, disse ser improvável que as empresas "se sentem para ver o que vai acontecer no Golfo do México" e que é provável que redirecionem seus equipamentos para países como Brasil e China.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, disse que a suspensão de perfurações no Golfo do México pode reduzir o gargalo no mercado mundial de sondas. Isso entretanto seria compensado pela alta dos custos, por causa do encarecimento das apólices de seguros e de medidas de segurança adicionais que deverão ser tomadas pelas operadoras.
Fonte: Valor Econômico/ Agências internacionais
PUBLICIDADE