Os metalúrgicos do Rio de Janeiro decidiram paralisar os trabalhos nas fábricas, que tem como sindicato patronal o Grupo 19. No setor naval, dos estaleiros, os trabalhadores tiveram uma importante conquista: 8% de reajuste.
A assembleia aconteceu no dia 14, na sede do Sindicato. Os 8% de reajuste (3,5% de aumento real), para os metalúrgicos do setor naval representa ainda uma conquista de 18% no piso profissional e 21% para o piso dos ajudantes, entre outras importantes cláusulas
Entretanto, no Grupo 19 o reajuste oferecido não foi da mesma forma. Os patrões ofereceram apenas 6,5% de aumento. A categoria insatisfeita, seguindo a orientação do Sindicato, reprovou o reajuste e definiu o início imediato da greve, com paralisações diárias nas empresas. No dia seguinte ao da assembleia (15), a direção do Sindimetal amanheceu nas portas da Eletromar e da EATON, paralisando as atividades nas duas fábricas. A polícia mais uma vez esteve presente para tentar intimidar os metalúrgicos, que não recuaram um palmo de suas reivindicações.
Para o presidente do Sindimetal-RJ, Alex dos Santos, as conquistas no Sinaval mostraram o amadurecimento da categoria neste setor, que soube responder ao chamamento do Sindicato. “Tivemos avanços importantes e isso é fruto da mobilização dos trabalhadores. Mas nossa campanha no setor naval não está encerrada, ainda temos lutas pela frente e mais a conquistar. Vamos atuar, agora, reivindicando pontos específicos em cada estaleiro”.
Sobre o Grupo 19, Alex diz que o momento é de intensificar as mobilizações nas portas de fábricas, garantindo que nenhum funcionário entre para o trabalho. “Desta forma, vamos demonstrar nossa insatisfação e forçar a apresentação de um reajuste melhor para os metalúrgicos deste setor”.
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