A Procuradoria do Ministério Público do Trabalho vai fazer uma inspeção na próxima semana, em data a ser definida, na plataforma P-33 da Petrobras. A vistoria foi definida na tarde de hoje (19), na sede do Ministério Público do Trabalho em Cabo Frio, na região dos Lagos, entre o procurador do Trabalho Fabio Iglessia e um grupo de petroleiros o sindicato da categoria no norte fluminense.
Na semana passada, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em decisão inédita, pediu a suspensão cautelar das operações da P-33, que fica no Campo de Marlim, na Bacia de Campos, norte fluminense, por falta de condições de segurança operacionais e para os trabalhadores.
De acordo com comunicado distribuído pela ANP, no dia 12, "a Petrobras também foi autuada, mas foram garantidos a estatal o direito ao contraditório e à ampla defesa."
Depois da inspeção da Procuradoria do Trabalho será realizada uma nova audiência para dar prosseguimento ao processo que determinou a interdição da plataforma P-33 e a multa aplicada pela ANP e pela Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho do Rio de Janeiro.
De acordo com o coordenador do Departamento de Saúde e Segurança do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Vitor Carvalho, já está marcada para a próxima terça-feira (24) uma vistoria na P-31 da Petrobras pela Fiscalização Marítima e Portuária do Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro para verificar as condições de segurança e trabalho na plataforma.
A interdição da P-33 pela ANP ocorreu após denúncia feita pelo Sindipetro-NF. Segundo o sindicato, a P-33 vinha funcionando há dois anos com tubulações, tanques, válvulas e outras partes estruturais apresentando pontos de corrosão e apresentaram fotos mostrando o desgaste do material.
A Petrobras esclareceu, em nota divulgada no final da tarde, que "desde o dia 13 de agosto, toma as medidas necessárias para cumprir a determinação da ANP para a imediata parada da plataforma P-33, programada para outubro próximo".
O documento diz ainda que as instalações marítimas da Petrobras, que operam em ambiente agressivo, passam periodicamente por paradas para adequar as condições de conservação que degradam naturalmente ao longo do tempo".
A companhia garante que vem adotando várias providências que têm elevado a capacidade de reparos de conservação de suas unidades marítimas. "A Petrobras esclarece e reafirma, como tem feito publicamente, que estas condições de conservação não colocam em risco a segurança de seus trabalhadores, tampouco as operações de suas plataformas."
Fonte: Jornal do Commercio (RS)/Agência Brasil
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