Uma eventual eliminação do papel do operador único no desenvolvimento das áreas com potencial no pré-sal que serão leiloadas sob o regime de partilha de produção não vai alterar a função da Pré-sal Petróleo SA (PPSA), afirmou há pouco o presidente da estatal, Oswaldo Pedrosa. Para ele, o que está em discussão é a atuação da Petrobras como operadora única, com 30% de participação mínima nos consórcios, e não o modelo de partilha em si.
"Como PPSA, estamos preparados para trabalhar com a Petrobras como operador único, mas nada disso vai mudar se criar um outro operador. A PPSA tem que estar preparada para representar seu papel em qualquer contrato de partilha", explicou Pedrosa, em seminário sobre oportunidades de investimentos no setor petrolífero Brasileiro, que ocorre em paralelo à Offshore Technology Conference (OTC), evento da indústria de petróleo global, em Houston, nos Estados Unidos.
Segundo ele, as discussões com petroleiras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre os processos de unitização - quando a jazida de petróleo ultrapassa o limite de um bloco e avança sobre outra área - estão "progredindo bem", mas não há prazo para os acordos serem assinados. Ele lembrou que há nove acordos em andamento.
Um dos casos mais conhecidos é o da discussão sobre a unitização do campo de Gato do Mato, na Bacia de Santos, operado pela Shell, com uma área da camada pré-sal da União. "Isso leva tempo [a conclusão do acordo], tem muitas questões técnicas para definir qual percentual de cada parte na jazida unificada e muito mais, como a definição dos direitos e obrigações de cada parte", completou Pedrosa.
Fonte:Valor Econômico/Rodrigo Polito | De Houston (EUA)
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