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Novos sócios

Estaleiros japoneses, Mitsubishi à frente, adquirem 30% do capital da Ecovix por US$ 300 milhões - Cinco empresas japonesas – Mitsubishi Heavy Industries (MHI), Imabari Shipbuilding, Namura Shipbuilding, Oshima Shipbuilding e Mitsubishi Corporation – adquiriram 30% do capital da Ecovix. O contrato de compra e venda de ações entre o consórcio japonês e os sócios brasileiros foi assinado em Tóquio no último dia 22 de outubro. A aquisição será feita por meio de uma sociedade de propósito específico a ser estabelecida no Brasil pelas consorciadas. A MHI fica com 15% das ações e os outros 15% estão distribuídos entre as demais sócias japonesas.

O investimento na aquisição foi de cerca de US$ 300 milhões. A presença das empresas japonesas de construção naval possibilitará à Ecovix contar com o aporte de tecnologias avançadas e expertise operacional visando ao atendimento às exigências de conteúdo local e ao cumprimento de prazos na construção de equipamentos para a exploração do pré-sal.

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— Para a execução dos nossos contratos, fizemos investimentos que tiveram como base um estaleiro apto a oferecer ao Brasil uma opção concreta para atendimento aos índices de nacionalização que estão presentes nas concorrências. Como o desafio é bastante grande, procuramos um parceiro estratégico com intuito principal de trazer toda experiência japonesa de mais de 100 anos de prática de construção de embarcações offshore para melhorar e alavancar a nossa produtividade —, diz o presidente da Ecovix, Gerson Almada.

O presidente da unidade de aviação e sistemas de transportes da Mitsubishi Heavy Industries (MHI), Yoichi Kujirai, disse que a estratégia da companhia é realizar investimentos em mercados que apresentem tendência de crescimento na construção naval. “O Japão tem uma tecnologia bem ampla nesta área e desta forma poderemos contribuir muito com a construção naval brasileira, aproveitando nossa tecnologia e o desenvolvimento da indústria naval no país”, declara.

Os sócios japoneses fornecerão assistência na área de tecnologia de projeto e de produção. Segundo Almada, não está prevista a incorporação de equipamentos dos parceiros para otimizar a produção da Ecovix. “O principal será o apoio em procedimentos, métodos de controle e planejamento para melhorar a produtividade”, destaca.

Tanto a Mitsubishi como a Ecovix já buscavam parceiros estratégicos há alguns anos. Almada ressalta que as tecnologias e os prazos envolvidos no programa do pré-sal requerem capacitação de ponta a nível mundial. “A proposta capitaneada pela Mitsubishi e demais estaleiros nos convenceu de que eles têm essa tecnologia para nos dispor e para que o estaleiro aumente sua produtividade, eficiência e competitividade”, afirma.

Segundo o vice-presidente executivo e CEO Regional da Mitsubishi Corporation, Seiji Shiraki, a companhia já buscava um parceiro há cerca de dois anos e durante este tempo visitou diversas empresas potenciais. Um dos motivos pelos quais a empresa optou pela Ecovix foi a atuação de maneira firme em seu negócio. “Além disso, as pessoas que trabalham na área de gestão dessa companhia realmente gerenciam e administram uma empresa de engenharia. Esse aspecto coincide muito com o DNA da nossa empresa. Esse foi um motivo que pesou bastante também na nossa escolha”, declarou Shiraki.

A Ecovix foi estabelecida em 2010 para a construção de oito cascos de FPSOs replicantes para a Petrobras a serem entregues até 2016. Em outubro daquele ano, a companhia iniciou a edificação do primeiro casco. Para dar mais agilidade à produção, a companhia adquiriu um pórtico de elevação e transporte de cargas, com capacidade de içamento de até duas mil toneladas e vão de 220 metros.

O primeiro casco (P-66) está programado para sair do dique seco do estaleiro ERG1 em abril de 2014 e será entregue para a integração no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, em maio. O objetivo, conta Almada, é que cada replicante seja colocado no mar a cada seis meses.

Outra encomenda da Ecovix é o fornecimento de serviços de engenharia, o suprimento e a construção de três navios-sonda para a Sete Brasil, cujo contrato foi fechado em agosto do ano passado. Almada contou que a companhia já concluiu o projeto das unidades e o corte de chapas da primeira das três sondas deve ser iniciado em março. A Ecovix já conta com 70% do suprimento contratado.

Para a execução desses contratos, que somam mais de US$ 5,9 bilhões, foi necessário realizar investimentos no complexo de estaleiros da Ecovix. A companhia detém 75% das ações da RG Estaleiros, responsável pelo ERG1, ERG2 e ERG3. Os outros 25% pertencem à Funcef. Juntos, os estaleiros somam 1,1 milhão de metros quadrados em Rio Grande. Para a produção dos navios-sonda, a Ecovix investe na construção de uma carreira e de um cais de atracação no ERG2 cuja conclusão está prevista para 2014.

“As obras do ERG2 estão em andamento. Já finalizamos toda a parte de terraplanagem, colocação de estacas e estamos iniciando a parte de pisos e levantamento das estruturas metálicas. O cais teve início em novembro dentro da programação e todo trabalho de conclusão do ERG2 está programado para novembro de 2014”, estima Almada.

A empresa recebeu do órgão ambiental do estado no último mês de setembro a licença de instalação que autoriza o início das obras para o ERG3. “Utilizaremos o ERG3 para unidades auxiliares, principalmente almoxarifado e estocagem. Estamos terminando os projetos e vamos começar as obras em janeiro”, diz Almada. A Ecovix emprega mais de cinco mil profissionais e a projeção é que passe a empregar sete mil pessoas nos próximos anos.



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