Números confirmam

Com empresas de 16 países e público de 17 mil visitantes, Navalshore - Marintec South America obtém pleno êxito

A Navalshore - Marintec South America completou sua décima edição, reunindo 350 marcas de 16 países em mais de 11 mil metros de exposição, confirmando a posição de mais importante evento do setor na América Latina. Realizada de 13 a 15 de agosto no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, foi visitada por 17.314 pessoas.

A edição de 2014 será realizada de 12 a 14 de agosto e terá o nome alterado — a feira passará a se chamar Marintec South America – 11ª Navalshore. O novo nome não traz qualquer alteração na feira e tem o único objetivo de dar maior visibilidade internacional, já que a UBM, controladora da Navalshore, realiza na China a Marintec, maior do gênero no mundo asiático.

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Paralelamente à décima edição, foi realizada a tradicional conferência da Navalshore, além da segunda edição da conferência WorkBoat South America e a segunda série de workshops técnicos, ministrados por experts do setor para aprimoramento das estratégias de gestão e produção na indústria naval e offshore.

O diretor da UBM Brazil, Joris Van Wijk, destaca que o sucesso da Navalshore reflete o ambiente positivo do segmento: “O interesse do mercado internacional na indústria naval brasileira vem crescendo, visto que tivemos 11 pavilhões internacionais (Argentina, Japão, China, Espanha, Suécia, Coreia do Sul, EUA, Itália, Noruega, Canadá e Holanda) no evento. Além disso, é importante destacar a participação de pequenos, médios e grandes estaleiros brasileiros, o que mostra o desenvolvimento do setor”, exulta Joris.

O gerente da Navalshore - Marintec South America, Renan Joel, destacou que esta edição da feira foi um divisor de águas: “Durante algum tempo o clima da indústria naval brasileira era de retomada, de perspectivas positivas. Nestes três dias de contatos com os principais players do setor percebemos que esse futuro já chegou. Os estaleiros estão em pleno funcionamento para atender as encomendas, principalmente as impulsionadas pela exploração no pré-sal, e a cadeia de serviços e suprimentos nacionais está crescendo”.

 

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, na solenidade de abertura, afirmou que o país está no caminho certo para se tornar uma potência mundial do setor. “Estamos no último estágio para chegar lá. Primeiro começamos a construir navios, depois atingimos o índice de 65% do conteúdo nacionalizado e agora buscamos a meta de nos tornarmos competitivos no contexto mundial”, disse.

Para isso, ressaltou Machado, o Brasil precisa aperfeiçoar a gestão e usar todo o conhecimento adquirido nos últimos anos. “Temos estaleiros modernos e outros que estão se equipando, mas precisamos consolidar a indústria naval como um todo, de forma sustentável. Estamos aptos a dar este grande salto”, afirmou. O presidente da Transpetro aposta que investimentos na melhoria de processos tornarão o serviço e o produto nacional mais atraente e competitivo.

Durante o painel “Estágio atual da indústria naval e offshore - capacitação para atender à demanda atual e futura com prazos e preços adequados”, integrante da conferência, o gerente-executivo do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Petrobras, Elizio Araújo Neto, também chamou a atenção para o potencial da indústria naval no país. “Atualmente as empresas brasileiras gastam cerca de US$ 17 bilhões com o afretamento de embarcações estrangeiras — apenas a Petrobras desembolsa US$ 2,5 bilhões na contratação de navios de outras bandeiras. Acredito que a nossa participação pode ser bem maior neste segmento”, afirmou.

Ele completou: “Temos uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que revela que a cada R$ 1 milhão investido na indústria naval há um movimento de R$ 1,9 milhão na economia. Ou seja, é um segmento que tem um grande efeito multiplicador. O principal player da construção naval no mundo, a Coreia do Sul, levou 30 anos para atingir o patamar em que se encontra hoje. O Brasil vai levar a metade do tempo.”

Já o superintendente da Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), Jorge Bruno, destacou que o futuro é promissor. “Existe uma janela de oportunidades para os próximos 10 anos no setor e será o momento para o Brasil se consolidar mundialmente. Fizemos um estudo em uma embarcação e elencamos 100 oportunidades de peças que podem ser nacionalizadas. Isso nos permite sonhar, por exemplo, com barcos de apoio produzidos totalmente com conteúdo local”, disse.

As entidades que representam as empresas que compõem a cadeia da indústria naval destacaram a importância do evento para o setor. “É uma iniciativa fundamental para ampliar as oportunidades de negócios, além de conhecer novas tecnologias e confirmar o cenário positivo”, ressaltou o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo, Ronaldo Lima. O assessor do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima, Roberto Galli, também chamou a atenção para o ambiente propício para novas parcerias e investimentos. O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore, Augusto Mendonça, acredita que o país vive o momento da indústria naval. “O fortalecimento do setor acontece em todos os elos da cadeia e iniciativas governamentais, como o apoio dado pelo governo do Rio, vêm impulsionando o segmento. Para enriquecer o processo, eventos como a Navalshore atraem conhecimento e proporcionam oportunidades”, frisou.

O secretário executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore, Sérgio Leal, também destacou o papel transformador da Navalshore - Marintec South America: “A feira traz uma discussão que é fundamental. Queremos assegurar a sustentabilidade da indústria naval brasileira e isso passa por tornar o país mais competitivo internacionalmente. Isto será resultado da criação de um setor dinâmico que tenha como base os estaleiros brasileiros.”

Depois de consolidado o cenário de aplicação de conteúdo local nos investimentos da cadeia de petróleo e gás, o próximo passo é investir na sustentabilidade e competitividade, afirmou o coordenador de conteúdo local da ANP, Marcelo Mafra. Para ele, a busca pela implantação de um conceito de cluster industrial envolvendo o segmento é o caminho ideal para que as empresas vivenciem um ambiente de previsibilidade na demanda.

“A ANP quer que o Brasil seja cada vez mais inserido neste círculo virtuoso. Se as empresas brasileiras procurarem a certificação de CL (Conteúdo Local) e investirem em qualidade, prazo e tecnologia teremos um quadro bem otimista no futuro, com o país atendendo uma demanda global por produtos e serviços. Então, eu afirmo: quem começar agora vai vender para o mundo todo em breve”, ressaltou Mafra, que também participou do painel “Cadeia de fornecedores - gargalos relacionados à ampliação, conquista de contratos e financiamento à indústria de navipeças.”

A Navalshore - Marintec South America teve os patrocínos da Transpetro e da Caixa.  n



Yanmar

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