O caminho para lucrar com o petróleo no Estado

Os mais de dois mil fornecedores da Petrobras no Estado terão à disposição linhas exclusivas de financiamento. A mais polpuda é a do Programa Progredir, lançado pela Petrobras em conjunto com os maiores bancos do país. Só ela disponibilizará R$ 3 bilhões aos 34 mil fornecedores diretos e 216 mil indiretos da estatal no Brasil. A operação começa em fevereiro de 2011. No Espírito Santo, quem for associado à Rede Petro ES terá ainda a possibilidade de conseguir financiamento de até R$ 500 mil, com taxas reduzidas, na Caixa Econômica Federal. O convênio foi assinado no dia 7 de outubro e a operação começa em novembro.

Para se ter uma ideia da importância dessa injeção financeira, a previsão da Petrobras é fechar 2010 tendo comprado R$ 3,8 bilhões em bens e serviços no Espírito Santo. Em 2009, o total de fornecedoras de bens chegou a 903. O faturamento de serviços alcançou 637 no Estado.

O objetivo é repassar esses recursos preferencialmente para as pequenas e médias empresas que fornecem peças e materiais aos fornecedores da Petrobras e têm dificuldades de crédito. O financiamento à cadeia tem como garantia bancária os contratos assinados entre a estatal e seus fornecedores. A Petrobras transfere sua confortável posição nas qualificações de risco de crédito para fornecedores e subfornecedores.

"São iniciativas importantes. O que mais vemos hoje são micro e pequenos empresários que fecham negócio com a Petrobras, mas não conseguem tocar o que foi acordado. Em determinadas situações, os empresários não têm dinheiro nem para cumprir as exigências de um edital de licitação da Petrobras. Esses financiamentos servirão para alavancar quem hoje está sem oportunidades", assinalou o executivo da Rede Petro ES, Rikelme Sales.

Serviço não vai faltar. A cadeia de suprimentos para o setor de petróleo e gás envolve mais de 1,3 mil itens. São 1,3 milhão de arruelas, 15,6 milhões de porcas, 8 milhões de parafusos, 9,6 mil motores elétricos, 478 milhões de quilos de fios, 34,3 milhões de litros de tinta, 54 mil toneladas de barras de aço e 30,2 milhões de metros de cabos elétricos.

"A demanda pelos bens e serviços desses fornecedores vai crescer muito nos próximos anos. Pode dobrar e até mesmo triplicar em bem pouco tempo. Os empresários do Estado precisam estar preparados para que esse dinheiro não saia do Espírito Santo. Esses financiamentos disponíveis são essenciais nessa qualificação", disse o secretário de Desenvolvimento do Estado, Márcio Félix Bezerra.

Para o coordenador da Organização Nacional da Indústria do Petróleo no Estado, Evandro Millet, esses recursos deveriam ser canalizados para o desenvolvimento. "Temos de nos especializar no desenvolvimento de soluções para o óleo e o gás".

LLX: tratamento de petróleo no Porto do Açu

A LLX está negociando a construção de uma unidade de tratamento de petróleo no Porto do Açu, em São João da Barra, norte fluminense, avaliada em US$ 1,4 bilhão, informou nesta segunda-feira o diretor financeiro da empresa, Leonardo Gadelha. A unidade de tratamento terá capacidade de processar 1,2 milhão de barris de petróleo por dia. A produção nacional média atualmente está em 1,9 milhão de barris por dia. Segundo ele, a empresa está negociando a construção com oito companhias, entre elas Shell e Devon. Gadelha espera fechar um contrato até o fim do ano com alguma dessas empresas. "Estamos mirando nisso. A gente foi buscar fechar um contrato até o fim do ano ou início do ano que vem. O modelo de negócios ainda não está definido. É possível que as petroleiras entrem sozinhas no projeto", afirmou.

Crédito é forma de alavancar o crescimento

"Contamos com esses financiamentos para dar continuidade ao nosso crescimento", diz Carlos Reis, sócio da Sea Training, empresa de Vila Velha especializada em qualificação e certificação na área de petróleo e gás. Todos os funcionários que trabalham embarcados nas plataformas, sejam eles da Petrobras ou terceirizados, precisam do treinamento que é dado pelos profissionais da Sea Training. "Estamos há 18 anos no mercado e temos a Petrobras como o nosso maior cliente. Nossa expectativa, com todo esse avanço do petróleo no Estado, é a de que cresçamos junto. Para isso precisamos de dinheiro. A notícia chega em boa hora", comemora Reis.

Fonte: A Gazeta (ES) Vitória/Abdo Filho

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