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Obras do polo naval dependem das licenças ambientais

O projeto do estaleiro do grupo Wilson, Sons e a ampliação do canteiro de obras da Quip em Rio Grande, além da construção do estaleiro do EBR em São José do Norte, esperam apenas as licenças ambientais para terem prosseguimento. Os empreendedores estão otimistas e preveem que essas permissões sejam concedidas ainda neste segundo semestre.

O diretor do Estaleiros do Brasil (EBR) Eduardo Nunez lembra que no dia 14 de setembro será realizada uma audiência pública, convocada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), para discutir o licenciamento da estrutura em São José do Norte. Ele acredita que neste mês ainda pode ser obtida a licença prévia e em seguida a de instalação. "Esse objetivo alcançado, iniciaremos a implantação física do empreendimento", diz Nunez.

O estaleiro completo deverá ser implementado, a partir do começo das obras, em 24 meses. A construção será dividida em três etapas. Na primeira fase, o complexo poderá fabricar módulos dos navios-plataforma FPSO (estrutura que produz e armazena petróleo), desde que vença as licitações dessas encomendas. A meta é que seja possível realizar esse trabalho a partir de meados do próximo ano. Até o final de 2012, a ideia é ter condições de fazer serviços de integração, recebendo os cascos já prontos. Em 2013, a expectativa é de que o estaleiro possa fabricar plataformas, tanto semissubmersíveis quanto FPSO.

Nunez adianta que, devido à perspectiva de que o licenciamento ambiental não demore a sair, o EBR já pensa em disputar licitações da Petrobras a partir de agora. Ele salienta que a estatal deve abrir em breve concorrência para a fabricação de módulos. O investimento no estaleiro será de cerca de R$ 1,2 bilhão e deverão ser gerados em torno de 5 mil empregos durante o pico da operação da estrutura. O financiamento do projeto deverá vir através de recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM).

Esse mecanismo também deverá ser utilizado pelo grupo Wilson, Sons para implantar um estaleiro em Rio Grande. O complexo será destinado a construir embarcações de apoio à exploração de petróleo e gás tipo PSV - Platform Supply Vessel e AHTS - Anchor Handling Tug Supply, rebocadores portuários e oceânicos. O empreendimento ainda compreende um dique flutuante para lançamento dessas embarcações. A estimativa de capacidade de produção anual é de até oito embarcações de apoio a plataformas de petróleo, o que equivale ao consumo de 16 mil toneladas de aço no período.

O gerente de obras dos novos estaleiros do grupo Wilson, Sons, Solon Pereira de Oliveira, informa que o projeto já tem a licença ambiental prévia e espera para os próximos dias a licença de instalação. Com a permissão, até o final do ano devem começar as obras do estaleiro do grupo. Serão necessários em torno de 18 meses para concluir a iniciativa. O investimento previsto é de aproximadamente US$ 140 milhões e a atividade do estaleiro deverá gerar cerca de quatro mil empregos.
Grupo Quip pretende expandir sua capacidade na cidade de Rio Grande

O grupo Quip espera a licença ambiental para aumentar a capacidade de atendimento de encomendas na cidade de Rio Grande. O diretor de comunicação da companhia, Gilson Moreira, diz que serão investidos R$ 180 milhões na ampliação do canteiro da empresa. A parte das obras que não precisa de licença ambiental já começou. O licenciamento é necessário para a implantação de um novo cais, para que o grupo possa trabalhar com até três plataformas de petróleo ao mesmo tempo.

O grupo atua hoje na implantação da P-55 e da P-63 no município. O casco da primeira plataforma deve chegar em Rio Grande, para realizar sua integração com os módulos, até o final do ano e o da segunda até o primeiro trimestre de 2012. A integração da P-55, que aproveitará o espaço do dique seco, implicará uma das maiores elevações de engenharia do mundo, ao erguer cerca de 17 mil toneladas, a mais de 40 metros de altura.

Os representantes da Quip, Estaleiros do Brasil e Wilson, Sons participaram nesta quinta-feira do Congresso Internacional Navegar 2011. O evento tem como tema O Comércio Internacional e os Desafios Ambientais, reunindo empresas dos setores marítimo, portuárias, hidroviárias, naval e offshore. A Navegar 2011 ocorre até esta sexta-feira no Centro de Convenções do Novotel, em Porto Alegre. Na ocasião, também foi apresentado o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores de Bens e Serviços relacionados ao setor de Petróleo e Gás Natural Bndes P&G, criado em agosto. O gerente do Departamento de Gás e Petróleo e Bens de Capital sob Encomenda do Bndes, Luiz Marcelo Martins Almeida, detalha que a iniciativa permite melhores condições de apoio financeiro às empresas do setor. Almeida acrescenta que existe um orçamento para essa linha de R$ 4 bilhões e a sua vigência será até 31 de dezembro de 2015.

Além de oferecer condições financeiras diferenciadas, com taxas de juros variando de 4,5% ao ano, para inovação, até 11,04%, para o financiamento a capital de giro, nas operações diretas, o programa flexibiliza as condições de acesso ao crédito para as micro, pequenas e médias empresas.

Fonte: JC RS


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