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Odebrecht Transport reduz prejuízo em 2016, mas alavancagem sobe a 72%

O corte de 59% nos investimentos na Embraport ajudou no resultado final
Braço de infraestrutura da Odebrecht, a Odebrecht Transport reduziu em 4,8% o prejuízo atribuível aos acionistas em 2016 sobre o exercício anterior, fechando com resultado negativo de R$ 1,063 bilhão. O prejuízo consolidado do exercício teve queda maior, de 22,4%, para R$ 1,085 bilhão. O desempenho foi obtido graças ao melhor resultado líquido dos ativos mantidos para negociação, que variou para baixo em 84,6%, saindo de perda de R$ 1,33 bilhão em 2015 para R$ 205,52 milhões.

Contribuiu também para um prejuízo menor a redução de custos e despesas, a despeito de a receita líquida ter ficado 41% abaixo da de 2015, em R$ 2,76 bilhões. Os custos de construção diminuíram 64,3%, para R$ 961 milhões, e os de serviços caíram 8%, encerrando o período em R$ 842,57 milhões.


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As despesas também contribuíram para a queda no prejuízo, ao caírem 30,4%, para R$ 314,8 milhões. A redução de investimento em 59% na Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), para R$ 202,82 milhões, também auxiliou no resultado.

Num esforço para rolar a dívida, a Odebrecht reduziu em 9% seu endividamento, que ficou em R$ 6,11 bilhões. A dívida líquida, contudo, subiu 3,2%, para R$ 5,15 bilhões. O patrimônio líquido, por sua vez, caiu pela metade, em grande parte devido a prejuízos acumulados no montante de R$ 769 milhões. Com isso, o índice de alavancagem financeira - medido pela relação dívida líquida sobre patrimônio - subiu de 56% para 72%.

O retrato do fim de 2016 é de uma situação financeira apertada para companhia. Somente as dívidas de curto prazo somavam R$ 1,6 bilhão, a vencer neste ano, para caixa e disponibilidades de R$ 936 milhões. As operações geraram no ano passado R$ 283 milhões. A venda da Embraport deve aliviar a situação da Odebrecht Transport. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou recentemente a transação, pela qual a Odebrecht irá vender sua fatia de 66,67% na empresa portuária para sua sócia no negócio, Dubai World Ports, que hoje tem um terço do negócio. A estimativa, conforme o Valor adiantou, é de que o negócio seja assinado até o início de julho.

A venda da Embraport, que tem como principal ativo um terminal de uso privado em Santos, integra o esforço da companhia para desalavancagem da Transport. Em 2015, a dívida financeira da Embraport era de R$ 2,03 bilhões. O dado de 2016 não consta do balanço porque o ativo foi colocado à venda.

Fonte: Valor






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