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OGX ON brilha sozinha no setor de petróleo

Pela primeira vez desde agosto de 2004, a Petrobras ficou de fora das dez mais indicadas para a Carteira Valor. Para maio, no setor de petróleo, quem brilha sozinha é a OGX ON, com quatro indicações. "A troca tem a ver mais com as incertezas que rondam o processo de capitalização da Petrobras do que com a própria OGX", diz o chefe de análise da Planner Corretora, Ricardo Tadeu Martins.
Martins reconhece a boa campanha exploratória que vem fazendo a OGX, mas ressalta que, em termos de resultados, as perspectivas para 2010 e 2011 ainda não são de remuneração do capital do acionista. "Mas, com a indefinição em relação à Petrobras, ela (a OGX) acaba se tornando a bola da vez", afirma. Como ponto positivo, ele destaca ainda a forte liquidez das ações e opções da empresa.
Na visão da Spinelli, a OGX é a maior companhia privada brasileira do setor de óleo e gás em termos de área marítima de exploração, já tendo perfurado seis poços e com recursos potenciais riscados (multiplicados pela probabilidade de sucesso) de 6,7 bilhões de barris de óleo equivalente. A empresa já tem R$ 7,8 bilhões em caixa, suficientes para financiar a exploração, bem como a produção inicial, esperada para o início de 2011.
Assim como no mês passado, a Carteira Valor para maio traz um portfólio bem diversificado quando se trata de mercado local. Há indicações de vários segmentos - são seis empresas no total, com duas indicações cada. No setor financeiro, aparecem as preferenciais de Itaú Unibanco. Para Martins, da Planner, a expectativa é de que o banco, assim como o Bradesco, divulgue resultados melhores do que a estimativa inicial.
Entre as incorporadoras, o destaque é Cyrela Realty ON. Para a estrategista da Itaú, Cida Souza, a empresa é uma das que mais tendem a se beneficiar com o crescimento econômico, por ter uma atuação diversificada entre baixa, média e alta renda, e ter subido menos ao longo do ano.
Completam a lista das 10 mais Lojas Renner ON, em função do forte crescimento do país, CCR Rodovias ON e Marfrig ON, ambas bastante descontadas na bolsa, além da elétrica AES Tietê PN, ótima pagadora de dividendos.
CCR, segundo a chefe da análise da Spinelli, Kelly Trentin, vem "andando de lado" após a oferta primária que capitalizou a empresa. Mas tudo indica um cenário positivo para a companhia, com o anúncio em breve de uma aquisição e de um aumento no tráfego de dois dígitos no primeiro trimestre.

Fonte: Valor Econômico/ Alessandra Bellotto, de São Paulo


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